Agente penitenciário é acusado de roubar prédio de luxo

Acusado de integrar a quadrilha que assaltou o luxuoso Edifício Palais Lac Léman, no Mossunguê, no dia 1.º de julho desse ano, o agente penitenciário Sandro Aparecido Pereira de Moraes, 27 anos, foi preso na capital paulista no dia 20 de outubro passado. Apresentado ontem à imprensa, na Delegacia de Furtos e Roubos, ele negou qualquer envolvimento com o crime e garantiu ter provas de que estava em serviço na data do roubo, trabalhando no Presídio Feminino de São Paulo. Sandro já respondeu inquérito por lesão corporal, em 1995.

A polícia não tem dúvidas da participação de Sandro e aponta outras oito pessoas como integrantes da quadrilha. Todos estão com prisões preventivas decretadas. Marcelo Ventola, João Paulo dos Santos, Davidson Pereira de Moraes, Anderson Carvalho de Freitas, Marco Ricardo Fiorini, Rafael Francisco de Oliveira, Geraldo Santiago Filho e Daniel Frutuoso da Silva possuem extensas fichas criminais e estão sendo caçados pelas polícias do Paraná e São Paulo.

Prisão

O delegado Alfredo Dib Júnior, operacional da DFR, está investigando o crime há quatro meses, e já havia identificado os integrantes há três. “Para apurar os nomes dos envolvidos, fotografias e efetuar a prisão de um deles, trabalhamos em conjunto com o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado de São Paulo (Deic)”, disse o policial.

Ele ressaltou que, para efetuar a prisão, policiais da Furtos e Roubos fizeram várias viagens para São Paulo. “Aqui eles foram reconhecidos por mais de dez vítimas. A polícia paulista forneceu 15 fotografias de suspeitos em assaltos contra residências. Desses, nove foram confirmados como sendo assaltantes que agiram no prédio do Mossunguê”, enfatizou. Dib frisou que, de acordo com as investigações, Sandro participou diretamente do roubo, abordando as vítimas no saguão do condomínio. Ele ainda teria entrado nos apartamentos junto com os comparsas, de onde roubaram R$ 600 mil em jóias, além de aproximadamente R$ 70 mil em dinheiro e dólares.

A quadrilha também é investigada por praticar roubos semelhantes na capital paulista. “O problema é que muitas vítimas não procuram a polícia para registrar a ocorrência, acreditando que não terão seus produtos recuperados. Muitas vezes os produtos roubados ainda estão em poder dos marginais e podem ser devolvidos às vítimas. Quando não é possível, pelo menos os marginais respondem pelo crime que cometeram”, enfatizou o delegado.

Investigações

As investigações continuam no sentido de prender os outros integrantes do grupo e apurar outros crimes cometidos por eles. “É efeito dominó. Com o primeiro sendo preso, facilita a prisão dos demais”, argumentou o delegado. Ele disse que não pode precisar ainda quantos marginais participaram do roubo do Edifício Palais Lac Léman, mas estima que em torno de 15. O delegado solicitou às pessoas que tiverem qualquer informação sobre o paradeiro dos oito homens que estão com prisões decretadas, que entrem em contato com a DFR através do telefone 262-2800.

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