A população de Ubiratã, no centro-oeste do Estado, amanheceu, sexta-feira, sem policiais nas ruas, nem na delegacia ou na companhia da Polícia Militar. Por motivos ainda ignorados, os seis policiais civis, um funcionário da prefeitura cedido para a DP e nove militares foram afastados do cargo. Na cidade o comentário seria de que os policiais estariam sendo coniventes com ações criminosas, principalmente com quadrilheiros que faziam contrabando de agrotóxicos.
No dia 23 de agosto, o soldado Amarildo, lotado na companhia da PM de Ubiratã, foi preso por policiais federais de Guarapuava, sob acusação de liderar uma quadrilha que contrabandeava agrotóxicos do Paraguai. Além disso, o Ministério Público e o Judiciário teriam constatado irregularidades nas ações policiais da cidade.
Na quarta-feira da semana passada, vieram para Curitiba, com representantes municipais, onde se reuniram com o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, que tomou a decisão de afastar todos os policiais da cidade, para investigá-los. Segundo informações do Jornal O Vale do Piquiri, de Ubiratã, as autoridades retornaram para a cidade, na quinta-feira e, no dia seguinte, todo o efetivo das polícias Civil e Militar foi afastado. Deste então, policiais dos municípios de Goiorê e de Campo Mourão se revezam para atender as necessidades da população.
Ontem, a assessoria do MP divulgou nota confirmando que representantes do Judiciário, Executivo e Legislativo relataram ao secretário da Segurança irregularidades em Ubiratã. No entanto, a nota explica que a decisão de afastar todos os policiais foi tomada somente pela Secretária de Segurança.
Já a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública não confirma e nem desmente a suspeita de que os policiais cometiam irregularidades e eram coniventes com ações criminosas. A assessoria limitou-se a dizer que ?o motivo do afastamento foi ineficiência dos serviços prestados à segurança pública em prol da população?.