Acusados de assassinar delegado são denunciados

Os dois acusados do assassinato do delegado José Antônio Zuba de Oliva, de Pontal do Paraná, e do servidor público municipal Adilson da Silva, foram denunciados pela Promotoria de Justiça de Matinhos por homicídio qualificado.

A promotora Carolina de Oliveira deve agora enviar o processo ao juiz Leonardo Bechara Stancioli, para que seja dado andamento à ação criminal, com a pronúncia dos acusados.

Francisco Diego Vidal Coutinho, conhecido como “Russinho”, e Paulo Roberto Pereira Quintal, o “Marran” ou “Tutancâmon”, estão recolhidos em um presídio da Região Metropolitana.

Eles vieram da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, com dois comparsas (Paulo “Gaúcho” e Felipe “Tex”) para praticar assaltos em mansões de Curitiba. Porém foram surpreendidos pela polícia quando estavam no Camping Olho D’Água, no balneário de mesmo nome, onde pretendiam planejar os roubos.

Arquivo
“Tutancâmon” deu trabalho.

Prisões

Depois do confronto que deixou dois mortos, os bandidos fugiram. “Russinho”, que saiu pela praia, foi capturado por policiais militares. Os outros três deixaram o camping em um Honda Civic e uma BMW, que foram abandonados em Matinhos.

Dois dias depois, em Guaratuba, roubaram a viatura da Polícia Rodoviária Estaduale foram para Pirabeiraba, em Joinville (SC). Outra troca de tiros aconteceu e “Tex” e “Gaúcho” foram mortos. “Tutancâmon” escapou e permaneceu mais oito dias escondido no mato, até ser capturado em 4 de setembro, na rodoviária de Joinville.

Durante a reunião do Conselho da Polícia Civil, na terça-feira, foi indicado no nome do delegado Arthur Zanon, que está em Antonina, para assumir o lugar de Zuba, em Pontal do Paraná.

Delegados

Para Antonina está sendo chamado o delegado Messias da Rosa, que durante muito tempo atuou em Guaratuba, e que havia sido removido para a delegacia de Rebouças, mas entrou em licença-prêmio. Em Rebouças deve assumir Eduardo Barbosa.

Refém fica entre a vida e a morte

A dona de casa Cordola Graper Piski, 64 anos, moradora na zona rural de Pirabeiraba (SC), que foi levada refém pelos três criminosos, permanece internada, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São José, de Joinville (SC). Ela serviu de escudo para os bandidos e ficou ferida na troca de tiros que resultou nas mortes de “Gaucho” e “Tex”.

Cordola estava em casa, em companhia da mãe, de 84 anos, quando os marginais surgiram e exigiram as chaves do Astra que estava na garagem. Eles obrigaram as duas mulheres a acompanhá-los, mas percebendo o desespero da anciã, jogaram a mulher para fora, com o veículo em movimento. Pouco depois foram cercados por mais de 200 policiais civis e militares, paranaenses e catarinenses. Cordola ficou na linha de fogo e levou três tiros.