Graças às imagens divulgadas pela imprensa, a polícia conseguiu prender Rogério Floriano dos Santos, 22 anos, suspeito de envolvimento na morte do sargento aposentado Nelson Valter Cortiano, 56 anos, durante assalto a uma farmácia, no Bairro Alto, em abril. Ele foi detido em Almirante Tamandaré, pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), e confessou a participação no crime. A polícia também investiga se Rogério participou do roubo em frente a uma agência do Banco Bradesco, no Tarumã, que resultou na morte de um policial militar e um agente penitenciário.
Diante da dificuldade em localizar Rogério, a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) divulgou, quarta-feira, as imagens do foragido, que estava com mandado de prisão. Ontem, a Polícia Militar recebeu denúncia sobre o paradeiro do suspeito. Segundo o tenente Souza, Rogério estava na casa do sogro e vestia a mesma roupa usada no assalto, filmado pelas câmeras de segurança. Apesar de não ter atirado no sargento, Rogério confirmou a participação no roubo. Ele fugiu com a pistola calibre 40 do policial. A arma não foi localizada e o preso não deu indicações sobre o paradeiro dela.
A polícia identificou outros dois envolvidos no crime. Diego Henrique do Amaral, 20, entrou na farmácia com Rogério e atirou no policial, que fazia compras e tentou impedir o roubo. Diego também foi baleado, mas sobreviveu. Ele foi preso em flagrante e condenado a 20 anos de cadeia. Um terceiro indivíduo, que estaria num carro, do lado de fora, também foi preso, mas foi inocentado pela Justiça.
A viúva de Cortiano se disse satisfeita com a sensação de Justiça. “Foram 33 anos de casamento. A minha vida acabou, mas agradeço à imprensa, pois foi graças à divulgação da cara do marginal que a polícia o encontrou”, finalizou.
Tarumã
O delegado Amarildo Antunes, da DFR, disse que uma testemunha do assalto em frente ao Banco Bradesco do Tarumã, em 9 de setembro, reconheceu Rogério por foto, acreditando ser ele um dos participantes do crime, em que morreram o soldado da PM Paulo Renato Moraes Ribeiro, 41, e o ex-agente penitenciário Emerson Teixeira de Farias, 40. Eles supostamente faziam a segurança de um empresário, que seguia ao banco para depositar R$ 140 mil. A polícia deve chamar testemunhas para realizar o reconhecimento na delegacia e confirmar ou não a participação de Rogério neste crime.