Açougueiro fuzila ladrão

Ao tentar assaltar o Açougue do Toninho, Rua Thereza Furlan, Conjunto Diadema II, na Cidade Industrial, Leodoni Miranda de Oliveira, mais conhecido como “Leo”, 24 anos, foi morto com dois tiros, no início da noite de sexta-feira. O comparsa de Leodoni, identificado pelo apelido de “Polaco”, conseguiu escapar. Ferido com um tiro no rosto e outro no peito, Leodoni ainda tentou escapar e tombou morto na rua a poucos metros do açougue. O autor dos disparos, segundo a polícia, é o proprietário do açougue, que deverá se apresentar nas próximas horas.

De acordo com moradores, o comerciante já havia sido assaltado outras vezes. Cansado de ser vítima de marginais, ele resolveu comprar uma arma para se defender. Assim que Leodoni e “Polaco” invadiram o local e anunciaram o roubo, ao invés de entregar o dinheiro o comerciante pegou a arma e começou a disparar. Os ladrões saíram correndo. Dois dos disparos atingiram Leodoni e o outro assaltante conseguiu escapar ileso. Após caminhar alguns metros, Leodoni caiu morto no meio da rua. O comerciante fugiu, mas deixou um recado para a polícia: vai se apresentar no início da semana.

A morte de Leodoni foi um alívio para os comerciantes do Diadema, que olhavam para o corpo estendido no chão. O proprietário de uma mercearia informou que seu estabelecimento já havia sido atacado por Leodoni, que era considerado o terror da região. Ele contou que há pouco tempo o rapaz fez sua filha de refém e roubou R$ 500,00 da mercearia, causando um imenso prejuízo para o seu pequeno estabelecimento.

Familiares de Leodoni compareceram na manhã de sábado para liberar o corpo. “Eu tenho oito filhos e só este se desviou. Ninguém acredita que o Leodoni foi músico da Assembléia de Deus”, lamentou o pai, Darci de Oliveira. Ele disse que o filho já contava com diversas passagens pela polícia, era amasiado e tinha dois filhos. “Eu sempre aconselhava ele a largar essa vida, arrumar um emprego, mas ele não me ouviu”, disse o pai.

Darci relatou que horas antes de o filho morrer conversou com ele. “O Leodoni prometeu parar e que ia para a igreja comigo. Falei para ele que qualquer dia isso ia acontecer. Eu estava esperando ele, quando chegou a notícia de que ele estava morto. Dos oito filhos que criei, ele foi o único que se desviou”, lamentou o pai, inconformado com o destino do filho. Estou muito triste. Apesar de tudo, era meu filho como os outros, mas ele procurou essa vida e, se não largou, não foi por falta de conselho”, concluiu.

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