Quando foram buscar seus carros na oficina Pointer, na Rua Engenheiros Rebouças, 2187, os clientes encontraram os bens pior do que os deixaram. O estabelecimento estava fechado e sem ninguém e nenhuma ferramenta ou equipamento em seu interior. Os veículos foram deixados ao deus-dará. Luiz Henrique de Paulo, 22 anos, deixou seu Golf, placa AJW-6361, às 9h de ontem para consertar o pára-choque. No final da tarde seu carro estava estacionado na rua, com os vidros abertos e a chave na ignição. “Levaram o som as calotas, o estepe e até o filtro de ar do motor”, contabilizou, indignado, constatando que seu carro rodara 200 quilômetros. Ele já havia pago 60 reais dos 350 pelo serviço que não foi realizado.
Outra vítima do golpe foi Fábio de Almeida Bittencourt, 20, que deixou sua camioneta S-10 na segunda-feira, para consertar a porta e pagou 350 reais para a compra das peças. O conserto não foi feito e no velocímetro 300 quilômetros a mais. “Roubaram a bateria”, disse. Fábio contou que chegou naquela oficina por volta das 15h30 e encontrou as portas abaixadas. Entrou assim mesmo e encontrou um espaço vazio. “Fui até a Pointer da Visconde de Guarapuava e lá me disseram que a oficina fora vendida e eles não podiam fazer nada”, relatou. O rapaz voltou à Engenheiros Rebouças e encontrou um chaveiro trancando a porta. Diante disso, chamou a polícia.
Peças
Os soldados Ávila e Vander, do 13.º BPM, atenderam à ocorrência e orientaram as vítimas a prestar queixa no 2.º DP (Rebouças). Luiz assim fez e obteve como resposta o desalento da espera. “Disseram que havia muitos processos e que demoraria para que o meu fosse analisado”, contou, preocupado por a Polícia Civil não ter ido ao local. Os policiais militares ficaram no local até que as vítimas retirassem seus bens.
Dentro da oficina ficou o Prêmio, placa ADY-3381, com o trabalho de pintura pela metade e um Santana, desmontado, aparentemente para o mesmo serviço. Algumas peças também foram encontradas na sobreloja do estabelecimento.