Zelador não fez disparos em ponto de ônibus no RS

O delegado Carlos Miguel Xavier descartou que o autor dos tiros que mataram Jaqueline Costa Subtil, de 19 anos, e feriram outras duas pessoas numa parada de ônibus de Viamão, no Rio Grande do Sul, tenha sido o zelador José Erni Nunes da Rosa, que resistiu por 16 horas a um cerco policial antes de se render, no final da noite de ontem. "As declarações que ele deu ao se entregar e os depoimentos que já colhemos de testemunhas não deixam dúvidas de que o homem que disparou era outro", informou o policial.

O crime ocorreu na manhã de ontem e chocou os moradores da Vila Elza, na cidade da região metropolitana de Porto Alegre. A polícia está certa de que Rosa participou do assassinato, como motorista que conduzia o carro de onde desceu o atirador e possivelmente como mandante.

Depois dos disparos, Rosa e seu cúmplice fugiram no mesmo carro. O atirador ainda não foi identificado. Mas o zelador foi apontado imediatamente como suspeito por vizinhos que sabiam que ele cortejava Jaqueline. Diante da perseguição, ele se refugiou, armado, numa igreja pentecostal da Vila Formosa, em Alvorada, na divisa com Viamão. No final da noite, desmaiou e foi dominado.

Ao ser conduzido à delegacia, disse que contratou um homem para cometer o crime, sem dar o nome do matador. Mas não chegou a prestar um depoimento formal, reservando-se o direito de ficar calado e só falar à Justiça. Está preso na Penitenciária Central de Porto Alegre.

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