Virgílio defende que direção do PSDB defina apoio

O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), divulgou nota discordando da decisão da bancada de deputados federais do partido de apoiar a candidatura do deputado petista e líder do governo, Arlindo Chinaglia (SP), à presidência da Câmara. No entender de Virgílio, apoiar este ou aquele candidato é "uma decisão que, por suas implicações políticas, transcende o âmbito da liderança" da Câmara dos Deputados e deveria ser adotada pela direção do partido.

Após fazer a ressalva de que nada tem contra a pessoa de Chinaglia, por quem diz nutrir "um grande respeito", Virgílio afirma que a candidatura do líder governista "representa precisamente tudo aquilo contra o que votaram os 40 milhões de eleitores" da oposição: "A reintrodução de Ricardo Berzoini no comando do PT, a futura anistia a José Dirceu, a absolvição dos ‘aloprados’ (petistas que tentaram comprar um dossiê contra candidatos tucanos), a negação do mensalão e a absolvição dos sanguessugas.

Na nota, Virgílio faz outra ressalva – a de que o apoio a um candidato deve ser "amplamente discutido pela Direção Nacional do partido", pois "todos devem ser ouvidos, a começar pelo presidente de honra (do PSDB), Fernando Henrique Cardoso." O líder do PSDB no Senado conclui com uma "advertência a quem quer que seja o candidato: não levar avante proposta de aumento da remuneração parlamentar em nível incompatível com a realidade econômica, social e política do País". Essa advertência é uma referência à polêmica decisão das Mesas da Câmara e do Senado de aumentar os salários dos parlamentares de R$ 12,8 mil para R$ 24,5 mil.

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