Violência dificulta acesso à saúde, avalia procurador da República

Brasília – A violência dificulta o acesso à saúde, avalia o procurador da República Humberto Jacques de Medeiros. Ele participou nesta quarta-feira (20) da discussão sobre saúde na Conferência Inter-Regional sobre Sistemas de Justiça e Direitos Humanos.

De acordo com o procurador, as pessoas entendem que o direito à saúde é ir ao médico e disponibilidade de remédios. No entanto, esse direito significa também, conforme Medeiros, ter segurança, alimentação adequada e saneamento básico.

?A violência que envolve mortes e acidentes enche as emergências dos hospitais. A causa não é uma bactéria, mas um problema social que tem de ser resolvido antes da saúde?, disse o procurador em entrevista à Radiobrás.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da África do Sul, Jody Kollapen, também falou sobre a violência em seu país. De acordo com ele, milhares de mulheres e crianças sul-africanas são vítimas de estupro diariamente.

Para ele, os direitos humanos deixarão de ser violados quando a Justiça aproximar-se da população. ?Os tribunais devem ser capazes de receber bem as pessoas mais carentes. Ao chegar ao tribunal, elas não devem ser intimidadas?, afirmou. ?Muitos juízes pensam que estão mais próximos de Deus que do povo?, acrescentou.

A conferência foi organizada pelo Conselho Britânico no Brasil e termina hoje (20). O evento reúne representantes do Poder Judiciário e da sociedade civil da Índia, África do Sul, Reino Unido, Brasil, Argentina, Chile, Peru, México, Venezuela e Colômbia.

As palestras estão sendo transmitidas ao vivo na página do conselho na Internet: www.britishcouncil.org.br/humanrights

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