Violência deixa 76 mortos no Iraque

Um carro-bomba dirigido por um suicida explodiu nesta quarta-feira (3) no maior bairro xiita de Bagdá, matando pelo menos nove pessoas ao mesmo tempo em que os militares americanos disseram que o reforço de tropas no Iraque está quase completo. Em outro incidente, três soldados americanos foram mortos por bombas na capital do Iraque. No total, 76 pessoas foram mortas ou encontradas sem vida como parte da violência que aflige o Iraque, informou a polícia iraquiana. A conta inclui oito pessoas assassinadas quando uma bomba de beira da estrada explodiu e destruiu o microônibus no qual viajavam, em uma localidade 30 quilômetros ao sul de Bagdá.

O ataque suicida na capital ocorreu perto de uma delegacia em Cidade Sadr, bairro xiita e local onde atua o Exército Mahdi, milícia leal ao clérigo antiamericano Muqtada al-Sadr. Três policiais e seis civis foram mortos e 34 pessoas foram feridas, informou a polícia. Também nesta quarta-feira, dois soldados americanos foram mortos e outros dois feridos quando uma bomba atingiu o veículo onde trafegavam no sul de Bagdá, informou o comando americano. Outro soldado dos EUA morreu em um ataque a bomba no oeste de Bagdá.

As mortes elevam a 3.354 o número de militares dos EUA mortos no Iraque desde a invasão de março de 2003. No mês passado, pelo menos 104 militares dos EUA foram mortos no Iraque – o maior número de baixas desde dezembro passado. Nesta quarta-feira, militares dos EUA informaram que o reforço de tropas no Iraque está quase completo com a chegada de 3.700 soldados da 4ª Brigada da 2ª Divisão de Infantaria, do Fort Lewis, em Washington. Quando a 5ª brigada de Infantaria chegar em junho, o comando americano terá 160.000 soldados no Iraque.

Nesta quarta-feira, a polícia iraquiana alegou ter encontrado os corpos de 55 pessoas, aparentemente assassinadas por esquadrões da morte. Do total, 30 corpos foram encontrados em Bagdá e dez em Baquba. O restante dos corpo foi achado em Mossul, no norte do país. A violência ocorre às vésperas de uma conferência internacional que ocorrerá no Egito a partir da quinta-feira, sobre o futuro do Iraque. Além dos EUA e do Irã, estarão no encontro diplomatas de outros países árabes, como a Síria.

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