Ventos fortes provocam estragos em Santa Catarina

Florianópolis (AE) – Antes mesmo da chegada do novo ciclone extratropical, o que deve ocorrer entre amanhã e quinta-feira no sul de Santa Catarina, fortes ventos já provocaram estragos. Na madrugada e manhã de hoje, sete municípios ficaram sem energia elétrica por causa das chuvas fortes e ventos que atingem a região. Ontem, árvores e placas foram derrubadas e algumas casas tiveram seus telhados arrancados no meio-oeste. A Defesa Civil do Estado está recomendando às pessoas que moram em áreas de risco para procurarem abrigos seguros se houver temporais.

De acordo com o serviço de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina, até amanhã devem ocorrer chuvas fortes, temporais com granizo isolado e ventos que podem ultrapassar os 100 km por hora. O mar também volta a ficar agitado, com picos de onda de 3,5 a 5 metros, principalmente ao sul de Florianópolis, havendo risco de ressaca em todo o litoral sul. A Defesa Civil está reiterando o aviso de que há risco para as pequenas e médias embarcações.

A brusca mudança de tempo foi provocada pela chegada de uma frente fria que se chocou contra a massa de ar quente que estava sobre a região, criando condições para a formação do ciclone, que não deverá ter atuação muito forte em Santa Catarina.

Ontem, foi registrado o recorde de calor para o mês de agosto em Florianópolis: 33,1 graus, à sombra. Em Joinville os termômetros marcaram 37,4 graus, batendo os 33 graus de 2001. O trabalho de previsão do tempo agora está prejudicado com a perda do ondógrafo do Laboratório de Hidráulica Marinha, da Universidade Federal de Santa Catarina. O equipamento monitorava as ondas a 35 km da costa e começou a apresentar leituras erradas, defeito que se agravou com a ressaca do início do mês, quando foram registradas ondas de até sete metros.

Rodrigo Barletta, um doutorando da equipe do laboratório informou que a bóia está sendo trazida por um barco pesqueiro. Segundo ele, agora será preciso encontrar recursos para o conserto, que deve ser feito na fábrica, na Holanda. Sem o equipamento, a previsão da altura das ondas só pode ser feita por modelagem numérica, sem os dados em tempo real que a bóia fornecia.

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