Vento espalha fogo no parque de Caldas Novas, em Minas Gerais

O incêndio que atinge o Parque Estadual de Caldas Novas, 180 quilômetros ao Sul de Goiânia, foi empurrado pelo vento nesta terça-feira (15) e se alastrou no mato alto e seco. O fogo já destruiu cerca 75% da vegetação da reserva, cuja área é de 12.315,358 hectares.

A tragédia começou há cinco dias por conta de incêndios simultâneos em três pontos diferentes do parque. Entre 65 mil e 75,2 mil hectares de plantas rasteiras, capim e árvores foram queimados. "O fogo já consumiu bem mais que a metade da reserva" afirmou o major Mauro Gonçalves de Queiroz, coordenador da operação de combate ao incêndio na reserva.

Animais como cobras, jabutis e tamanduás têm dificuldade para escapar das labaredas, que chegam a cinco metros de altura. "Os estragos ainda estão sendo avaliados", disse Zacarias Calil, presidente da Agência Ambiental. "Os animais têm muitas dificuldades para sair das áreas atingidas e nos preocupa a possibilidade de dizimação pelo fogo." Calil afirmou que a polícia de Goiás está tentando identificar os responsáveis pelo incêndio. A umidade relativa do ar na região está em cerca de 20% e não há previsão de chuvas nos próximos 30 dias. Há 160 homens do Corpo de Bombeiros, do Exército e voluntários trabalhando no local.

Além do fogo e da morte de animais, as autoridades ambientais se depararam com outro inimigo: falta dinheiro para comprar água e alimentos e pagar o combustível e o alojamentos das equipes. Isto porque, para comprar ou pagar as contas, a Agência teria de abrir uma licitação. Não há tempo, no entanto, para superar as barreiras burocráticas. "Apelamos à sociedade e aos proprietários de hotéis para contribuírem com o que for preciso" disse Calil. "Não há como a Agência disponibilizar mais recursos rapidamente sem uma licitação para executar o serviço.

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