Vendas do comércio varejista crescem 2,06% de agosto para setembro

Rio de Janeiro – O volume de vendas do comércio varejista avançou 2,06% no mês de setembro em comparação aos 2,75% registrados em agosto. Este é o segundo mês consecutivo de crescimento depois de resultados negativos do setor em junho (-0,33) e julho (-0,63%). De acordo com os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), três das quatro atividades pesquisadas tiveram alta no volume de vendas.

O melhor resultado foi observado no setor de móveis e eletrodomésticos (3,90%), seguido de tecido, vestuário e calçados (2,53%) e de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,35%). Para Nilo Lopes, um dos técnicos do IBGE responsável pela pesquisa, o resultado do comércio em setembro é significativo já que ocorreu sobre o crescimento do mês anterior. O economista atribui o aquecimento do comércio ao emprego e renda adicionais gerados com o período pré-eleitoral, assim como à redução nos preços de alimentos e de móveis e eletrodomésticos e também à manutenção de condições favoráveis de crédito.

Somente o segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou resultado negativo, com recuo de 0,56% no volume de vendas. Em relação a setembro do ano passado, as vendas no comércio varejista avançaram 10,10%. A taxa é a maior desde janeiro de 2005, na comparação com iguais períodos de anos anteriores.

A expansão no volume comercializado foi observada em sete das oito atividades do varejo. O maior impacto para o índice veio do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cuja alta nas vendas chegou a 11,04% na comparação com setembro de 2005. Segundo o IBGE, o desempenho positivo é reflexo da melhoria no rendimento médio dos trabalhadores e do aumento do emprego com carteira assinada, que, conforme a Pesquisa Mensal de Emprego realizada pela instituição, variaram, respectivamente, 2,7% e 5,6% em relação a setembro do ano passado.

Embora tenha menor peso no resultado global do comércio varejista, móveis e eletrodomésticos também apresentaram crescimento significativo, alcançando alta de 20,61% no volume de vendas. O segmento foi beneficiado, principalmente, pela permanência de condições favoráveis ao crédito ao consumidor e pela redução dos preços por causa da concorrência com os produtos importados.

Também houve alta no volume de vendas de artigos de uso pessoal e doméstico (27,18%); de equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (25,67%); de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,14%) de tecidos, vestuário e calçados (2,58%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,05%).

A atividade de combustíveis e lubrificantes foi a única a apresentar redução nas vendas. Com a taxa de -6,48%, na comparação ao mesmo período do ano passado, o segmento chega ao 21º mês consecutivo com desempenho negativo do volume de vendas. De janeiro a setembro deste ano o volume de vendas no varejo acumula crescimento de 5,83%. Nos últimos 12 meses o acumulado está 5,49%.

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