Vendas de TVs e DVDs impulsionaram setor eletroeletrônico em 2005

São Paulo ? Os televisores e os aparelhos de DVD vêm sendo os principais responsáveis pelo crescimento significativo do setor eletroeletrônico neste ano. Balanço divulgado ontem (17) pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) estima um crescimento para o setor de 15% neste ano, na comparação com 2004, impulsionado pela venda de produtos de imagem e som.

"O carro-chefe de vendas, que tem entusiasmado o consumidor e nossas vendas ? que estão quase exponenciais ? é o DVD, que tem ajudado também a puxar o desempenho dos aparelhos de TV", afirmou à Agência Brasil o presidente da Eletros, Paulo Saab. Devido aos televisores e DVDs, a linha de imagem e som deve fechar este ano com um aumento nas vendas de 34% em relação a 2004.

Saab revelou que o aumento de 15% nas vendas do setor no ano é expressivo por causa da linha de imagem e som, porque na linha branca (geladeiras, fogões, lavadoras) e de portáteis (aspiradores de pó, secadores de cabelo) o crescimento ficará em torno médio de 3%. Para ele, a elevação se deve à valorização do real, que barateou os componentes importados, e à busca do consumidor por produtos mais novos.

"O último grande boom de demanda de aparelhos que nós tivemos no país foi em 1996, no auge do Plano Real. O produto, que tem uma vida útil média de dez anos, está começando a criar agora a necessidade de renovação e isso tem ajudado a puxar o desempenho da linha imagem e som", disse o presidente da Eletros.

Apesar do aumento expressivo este ano, o crescimento não refletiu na geração de empregos. De acordo com Saab, o setor eletroeletrônico não aumentou as contratações em 2005, porque ainda há capacidade ociosa nas indústrias. Segundo o presidente da Eletros, as principais dificuldades do setor nos últimos anos são o contrabando de produtos eletroeletrônicos e o crédito caro.

"O importado que compete com o nosso produto, pagando impostos como nós pagamos, submetendo-se às regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), não é um grande problema. O problema é o contrabando, que entra por baixo do pano, é o produto que compete deslealmente. Esse prejudicou, e muito, a linha de portáteis", avaliou Saab.

A Eletros ainda não tem uma projeção definida para 2006, mas acredita que, caso a economia cresça no próximo ano entre 3% e 4%, será possível o setor repetir o desempenho deste ano.

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