Valério repele acusação de Jefferson que o comparou a PC Farias

O sócio das agências de publicidade DNA Propaganda e SMPB Comunicação, Marcos Valério Fernandes de Souza, reagiu hoje à acusação do deputado federal Roberto Jefferson, de que ele comandaria um esquema de corrupção maior do que o chefiado por Paulo César Farias, tesoureiro de Fernando Collor de Melo e apontado como operador do esquema de corrupção investigado durante o governo do ex-presidente (1990-1992).

Por meio de sua assessoria de imprensa, Marcos Valério disse que "repele" a "tentativa" de Jefferson de compará-lo a PC Farias. O publicitário mineiro também ironizou as declarações dadas pelo presidente licenciado do PTB em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios.

Disse que "reconhece plena autoridade no deputado Roberto Jefferson para falar sobre as atividades de PC Farias, tendo em vista a notória participação do parlamentar no que a imprensa denominou de ‘tropa de choque’ do ex-presidente Fernando Collor".

Marcos Valério afirma ainda que "jamais" teve com Jefferson "qualquer tipo de relação, em qualquer nível, que autorize o parlamentar a compará-lo com aquele de quem o deputado foi parceiro político e aplicado defensor". Jefferson disse durante depoimento à CPI que PC Farias "é pinto perto do que se vê no PT" e comparou: "Nas contas do PC passaram R$ 64 milhões. Só nas contas do Valério passaram R$ 45 milhões". O deputado, que acusou o publicitário mineiro de ser o principal operador do "mensalão", acrescentou que ele é a "versão moderna e macaqueada" do ex-tesoureiro de Collor.

Na nota à imprensa divulgada por sua assessoria, Marcos Valério não comenta a acusação do deputado do PTB, de que ele teria tentado transferir depósitos no valor de R$ 600 milhões do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) de uma conta na Suíça para o Banco Espírito Santo. O publicitário também não comentou especificamente a denúncia de Jefferson, de que parlamentares continuaram recebendo a mesada mesmo após ele denunciar a prática ao governo.

Marcos Valério, porém, classificou como "infundadas, fantasiosas e aparentemente produzidas por desatino, desespero e cinismo as acusações reiteradas" de Jefferson, "que o apontam como arrecadador e distribuidor de recursos para parlamentares".

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