Ubiratan e namorada brigaram no dia do crime, diz polícia

A polícia confirmou hoje que houve uma briga entre o coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães e a namorada dele, a advogada Carla Cepolina, no dia em que ele foi morto. No entanto a polícia nega que haja uma linha de investigação neste sentido. Os depoimentos do caso Ubiratan, encontrado morto na noite do último domingo (10), começaram nesta manhã.

De acordo com a Rádio Eldorado AM, vizinhos e funcionários do prédio onde o coronel morava foram ouvidos. A namorada, Carla, teve uma conversa informal com os investigadores e deve depor amanhã. Para o delegado geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, nenhuma hipótese deve ser descartada. Ele, no entanto não acredita em uma ação do crime organizado pela forma como o assassinato ocorreu. "Não havia sinal de arrombamento, tampouco de luta. As coisas estavam em ordem dentro da casa, tudo nos devidos lugares. Agora é chegar na autoria, a quem interessava", declarou.

Conforme a Eldorado, Carla foi a última pessoa a ver o deputado antes de sua morte. O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no entanto, prefere não apontar suspeitos. "Não descarto nada, volto a repetir que nenhuma linha de trabalho está descartada", observou.

A polícia encontrou seis armas no apartamento do coronel, todas de posse dele. O deputado tinha mais uma, calibre 38, que não foi encontrada. Somente a perícia vai confirmar se o revólver desaparecido foi utilizado pelo autor do crime.

Em 2001, Ubiratan Guimarães, que comandou a ação contra uma rebelião no Carandiru em 1992, quando morreram 111 presos, foi condenado a 632 anos de prisão. Em 15 de fevereiro deste ano, conseguiu absolvição no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, alegando que houve erro no voto dos jurados. Ele estava em seu segundo mandato na Assembléia Legislativa paulista, eleito com 56 mil votos. Sua reeleição já era dada como certa, principalmente depois da onda de ataque do PCC.

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