Tucanos sinalizam apoio a Chinaglia na Câmara

A tendência da bancada do PSDB nesta quinta-feira (11) é de apoiar o candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara, segundo informação repassada pelo líder tucano Jutahy Júnior a deputados tucanos, nas consultas que ele está fazendo por telefone. Jutahy considerou nas conversas com os deputados que 60% estão com Chinaglia.

De acordo com o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a maioria da bancada do PSDB de Minas Gerais e um número expressivo de deputados tucanos de São Paulo defendem o apoio a Chinaglia na disputa com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição. Fruet foi um dos deputados que já foi consultado por Jutahy.

Caso a bancada tucana decida por Chinaglia, a candidatura de Rebelo sofrerá um forte revés. Rebelo tem declarado que conta com o apoio da oposição. Fruet defende que o partido viabilize outra candidatura, mas, com essa hipótese cada vez mais remota, é a favor de Rebelo na disputa. "É necessário um contraponto. Vai (com Chinaglia) ser um rolo compressor na Câmara", avaliou o tucano.

Nesse momento, existe uma articulação na bancada de reação contrária a esse apoio. O movimento também pretende evitar que o anúncio do escolhido seja feito hoje, como pretende Jutahy. Ele está no Espírito Santo e pode anunciar o apoio às 16 horas. Um grupo de tucanos quer uma reunião da bancada para discutir a sucessão em vez de a decisão ser apenas por meio de consultas telefônicas. O líder Jutahy pretendia reunir a bancada depois do dia 20, mas decidiu antecipar a decisão depois que o PMDB manifestou apoio oficial à candidatura de Chinaglia.

O entendimento é que, neste momento, a bancada do PSDB é importante porque pode definir a eleição, caso opte por Chinaglia. Em troca, o petista poderia garantir a primeira vice-presidência da Câmara para o tucano. Ainda nessa avaliação, Aldo Rebelo, de um partido pequeno, não poderia garantir outro posto para o partido a não ser a terceira escolha, a qual os tucanos têm direito pela regra da proporcionalidade por ser a terceira maior bancada. A terceira escolha recairia na segunda vice-presidência.

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