TSE investigará uso eleitoral de compra de documentos

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, disse que o tribunal investigará um possível elo entre a disputa eleitoral e o dinheiro apreendido na última sexta-feira com o advogado Gedimar Passos, preso pela Polícia Federal com R$ 1,75 milhão, supostamente para a compra de um dossiê contra os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra. Mello explicou que as investigações criminais não podem ser conduzidas pelo TSE, mas são do âmbito da Justiça Federal. Caberá ao TSE, explicou, apurar estritamente os assuntos ligados ao processo eleitoral.

Assim, o tribunal não irá atender ao pedido dos presidentes do PSDB, Tasso Jereissati, e do PFL, Jorge Bornhausen, para que o TSE investigasse a origem do dinheiro que estava com o advogado. Ao chegaram ao Centro Cultural de Justiça, no Rio, Jereissati e Bornhausen levantaram suspeitas de que a PF e o Ministério da Justiça não teriam isenção suficiente para investigar o caso. O motivo é que Passos apontou assessor especial da Secretaria da Presidência da República, Freud Godoy, como um dos responsáveis pela operação.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, chegou ao local sem dar declarações à imprensa. Marco Aurélio confirmou ainda que foram encontrados sinais de escuta clandestina em seu gabinete no STF, no gabinete do ministro Cesar Peluso, também do Supremo e do TSE, e no gabinete do ministro do TSE Marcelo Ribeiro.

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