Trote telefônico sugere seqüestro de deputada

A deputada federal pelo PT de São Paulo, Ângela Guadagnin, principal defensora do ex-ministro José Dirceu no processo de cassação, foi alvo de um trote com uma ameaça de seqüestro ontem (1). Um telefonema anônimo ao escritório político da deputada em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, informava que Guadagnin tinha sido seqüestrada e que horas mais tarde a quadrilha ligaria para negociar o resgate. "Daí foi meia hora de muito sufoco para meus assessores e minha família, até que eles conseguissem me localizar na Câmara", disse a deputada. O impasse só foi desfeito depois que a família falou com a deputada por telefone. "Aí sim eles se tranqüilizaram."

O autor da ligação não fazia referência à crise política. "Disseram que ligariam mais tarde para negociar o resgate". Diante do trote, Guadagnin não teve dúvidas. Registrou o fato na Polícia Federal e reforçou os cuidados com a segurança pessoal e da família. "Por cautela a gente toma mais cuidado, não anda sozinha."

Por causa do feriado, a deputada esteva hoje (2) no Vale do Paraíba e falou sobre a possível cassação de José Dirceu. "Não sei se será cassado porque não conversei com os 512 deputados, mas muitos disseram que votarão contra. A gente não pode condenar sem ter certeza. O Sandro Mabel (PL-GO), por exemplo, e outros três deputados foram absolvidos porque não foi comprovada culpa."

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