Total de mortes por dengue já é 2.º maior da história

Embora ainda não tenha terminado, 2006 já é o ano com o segundo maior número de mortos por dengue na história do Brasil. Entre janeiro e setembro, o Ministério da Saúde registrou 61 mortes no País. No ano passado inteiro, foram 45.

O número de 2006 – ainda parcial – só não é maior que o de 2002, quando houve a pior epidemia de todos os tempos. Naquele ano, 150 pessoas morreram depois de terem sido picadas pelo mosquito Aedes aegypti. A maior parte das vítimas morava na cidade do Rio.

Nos nove primeiros meses deste ano, foram registrados cerca de 279 mil casos de pessoas doentes no País – contra aproximadamente 248 mil de todo o ano passado. Quase a metade (113,6 mil), neste ano, está concentrada na região Sudeste. O Estado com o maior número de casos é São Paulo (43,3 mil), mais especificamente as regiões de São José do Rio Preto e de Ribeirão Preto.

O foco maior foi o interior do Estado de São Paulo. Na comparação entre os nove primeiros meses de 2005 e o mesmo período de 2006, o aumento no número de doentes foi de quase 700% (de 5,5 mil para 43,3 mil). As regiões mais afetadas foram as de São José do Rio Preto e de Ribeirão Preto, cujos habitantes ainda não haviam tido contato com o sorotipo 3 do vírus da dengue.

É possível que o número de doentes em São José do Rio Preto seja ainda maior que o informado ao Ministério da Saúde. Em meados deste ano, o Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo do Estado, perdeu mais de 2 mil amostras de sangue de doentes com suspeita de dengue. O material foi perdido por causa de uma queda de energia no laboratório do Adolfo Lutz na cidade. Em setembro, a diretora do laboratório pediu demissão por causa da falha.

O Ceará foi o segundo Estado com o maior número de doentes, atrás de São Paulo. O Estado nordestino identificou cerca de 34 2 mil infectados, também pelo tipo 3 da dengue, a maioria deles na capital, Fortaleza. Logo em seguida, aparecem o Rio (29,3 mil casos), Goiás (26,8 mil) e Minas Gerais (26,6 mil).

Voltar ao topo