Título rival faz crescer pressão no ameaçado Palmeiras

A fila no Campeonato Brasileiro pertence agora ao Palmeiras. O time do Parque Antártica ganhou seu último nacional em 94, quando ainda consumia os frutos da parceria com a multinacional Parmalat. São 12 anos sem vencer a Série A, já que o time tem em sua sala de troféus a taça conquistada em 2003 da Série B. O São Paulo, antes do tetra de domingo, amargava jejum de 15 anos. Em relação aos outros adversários paulistas, o Santos faturou seu último Campeonato Brasileiro em 2004. E o Corinthians foi campeão no ano passado.

A fila de 12 anos só ajuda a pressionar ainda mais o Palmeiras nessas duas últimas partidas do Brasileiro 2006. Se para alguns times, como São Paulo e Internacional, o torneio já acabou, para o Palmeiras o pesadelo ainda tem duas rodadas.

A derrota domingo para o Juventude deixou o time do técnico Jair Picerni novamente em situação delicada. Com 43 pontos, o Palmeiras segue ameaçado de cair. Mas só depende de suas forças, pois Fluminense (41 pontos) e Ponte Preta (38 pontos) estão mais próximos da degola. A quarta vaga da zona de rebaixamento é hoje do time de Campinas, que voltou a perder na rodada, desta vez para o já rebaixado Fortaleza: 1 a 0. O Juventude, que também estava nessa briga, pulou fora com os três pontos conquistados em Caxias.

O Palmeiras encerra a sua participação na temporada contra Inter em casa, e Fluminense, no Rio. A ordem na Academia é jogar a permanência do time na Série A na partida de domingo, contra o Inter – um time já desinteressado pelo Brasileirão e com seus pensamentos no Mundial Interclubes da Fifa.

"A vitória contra o Juventude escapou nos últimos minutos. Não podíamos tomar dois gols no final. Cada um agora tem de assumir sua responsabilidade. Diante do Inter, o Palmeiras tem de fazer uma grande partida e vencer de qualquer forma", disse o atacante Enílton, que perdeu dois gols feitos em Caxias.

Dininho, Paulo Baier e o próprio Jair Picerni admitiram o vacilo da equipe em Caxias. Jair errou ao mudar o time quando vencia por 2 a 1. Abriu mão dos meias de ligação para escalar volantes e viu seu time recuar até sofrer a virada: 3 a 2. "Recuamos demais.

No Palestra, domingo, Picerni dificilmente poderá contar com o retorno de Edmundo, ainda com dores musculares na coxa. O atacante Marcinho deverá ser sua opção de ataque. O jogador terá uma semana para melhorar seu ritmo e forma. Dessa maneira, Valdivia volta a trabalhar no meio-de-campo com Juninho Paulista. E se o time não vencer, precisará torcer de novo para a Ponte Preta perder.

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