Teto de juros do empréstimo consignado não comprometerá setor, diz ministro

Brasília – O ministro da Previdência, Nelson Machado, afirmou hoje que o valor fixado hoje para o teto dos juros do crédito consignado não comprometerá a oferta no setor. "Quando nós fixamos um teto, há uma preocupação de poder ocorrer escassez de crédito. Isso é uma preocupação e um dos elementos da definição do teto. Se não tivesse, poderia fixar em outros patamares. Acho que o patamar de 2,9% é um patamar adequado, está abaixo da taxa média do consignado. Considerando a taxa de 36 meses e o tamanho das carteiras de cada banco, ponderando isso, a taxa média é 3,14%", afirmou.

Machado acredita que os bancos têm condições de se organizarem e que o teto ainda vai facilitar a competição entre as instituições financeiras. "Nós estamos fixando o teto em 2,9% e acredito que é um teto que vai fazer os bancos se rearranjarem, buscarem novos paradigmas de operação, mas que, seguramente, não vai faltar crédito. Acho que vai facilitar, inclusive, a própria competição entre os bancos."

O ministro assegurou que, conforme aprovado pelo conselho, será feita uma avaliação do comportamento das curvas das taxas de juros em dois meses. Outro ponto que contou com o apoio do conselho foi a criação de um comitê permanente de auto-regulação, formado pelos bancos conveniados com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para a oferta do crédito consignado.

O novo teto de 2,9% representa uma redução de quase 10% em relação à média ponderada das taxas cobradas pelos bancos conveniados com o INSS para oferecer essa modalidade de crédito. A taxa média é de 3,14%.

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