Terceiro setor cresceu 157% em cinco anos no Brasil, revela pesquisa

As fundações privadas e associações sem fins lucrativos, o chamado terceiro setor, empregam no país 1,5 milhão de pessoas, número três vezes maior do que o de funcionários públicos, que é de 500 mil. Somente São Paulo, Rio e Minas trabalham 54% desse pessoal.

De 1996 e 2002, o número de entidades passou de 105 mil para 276 mil, um crescimento de 157%, duas vezes maior do que o do conjunto de empresas do país (66%). Em 2002, havia no Brasil 276 mil entidades, representando 5% do total de empresas registradas no país.

Os dados são da primeira pesquisa sobre o terceiro setor, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em parceria com o Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong).

A pesquisa mostra que a maioria (62%) das entidades do segmento surgiu a partir da década de 90 e em geral são pequenas organizações, já que 77% delas não têm empregados. Isso pode significar que grande parte dos serviços prestados por essas empresas é feito por trabalho informal e sem remuneração.

Somente 7% contam com dez ou mais assalariados, ou seja, 2.500 entidades empregam quase um milhão de pessoas, pagando salários que vão de R$ 500,00 a R$ 2.000,00, em média. As associações de moradores e as organizações de defesa dos direitos de grupos e minorias dobraram seus recursos humanos entre 1996 e 2002.

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