Temporão diz que governo não estuda novos licenciamentos compulsórios

Brasília – O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta sexta-feira (4) que o ministério não estuda novos licenciamentos compulsórios de medicamentos. "Não existem outros medicamentos. Existe o fato de nós estarmos apresentando hoje a assinatura do decreto de licenciamento compulsório do Efavirenz", disse, depois de o presidente assinar o decreto do licenciamento compulsório do remédio.

Temporão informou que o governo negocia a redução de preço de outro remédio, também usado no tratamento da aids.

Na cerimônia, no Palácio do Planalto, onde assinou o decreto que oficializou o licenciamento do Efavirenz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil pode adotar a medida com outras empresas farmacêuticas que não operem com "preços justos".

"Hoje é o Efavirenz, mas amanhã pode ser qualquer outro comprimido, ou seja, se não tiver com os preços que são justos, não apenas para nós, mas para todo ser humano no planeta que está infectado, nós temos que tomar essa decisão. Afinal de contas, entre o nosso comércio e a nossa saúde, vamos cuidar da nossa saúde", afirmou Lula.

Com o licenciamento, o Brasil pode comprar genérico do Efavirenz ou produzi-lo.

O Efavirenz é um dos 17 remédios distribuídos gratuitamente pela rede pública de saúde para tratamento da aids. Cerca de 75 mil pessoas utilizam o medicamento no país.

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