Técnico palmeirense Caio Jr. preparou o nó para clássico

Se Leão é criticado por não dar treinos táticos no Corinthians, Caio Júnior, ao contrário, não perde a oportunidade de tentar entrosar seus jogadores para as mais diversas situações.

Ontem, em 1h30 de treino em Águas de Lindóia, ele colocou a equipe para bater escanteios, cruzamentos, faltas à frente da área e nas laterais, finalizações, contra-ataques, marcação sob pressão e jogadas de ultrapassagem pelas laterais. Foi o segundo treino tático da semana e hoje ele deve tornar a repetir esse tipo de treino.

Só amanhã, véspera do clássico contra o Corinthians, ele dará um refresco aos jogadores com um ?rachão? – recreativo em que só se pode dar dois toques por vez na bola.

Foi a segunda semana seguida sem jogos às quartas ou quintas-feiras para o Palmeiras. Caio Júnior ressaltou que esse ?intensivão? de treinos táticos só foi possível porque o time eliminou o primeiro adversário na Copa do Brasil – o Operário-MT – na estréia (5 a 0, em Cuiabá), coisa que o rival Corinthians não conseguiu com o Pirambu.

O empenho de Caio Júnior tem agradado à diretoria. ?A gente vê que ele tem dado um padrão tático à equipe?, diz o vice-presidente Gilberto Cipullo. ?Nosso projeto é de médio prazo.? Além da questão dos treinos táticos, Caio Júnior difere de Leão no trato com os jogadores, sempre tentando motivá-lo.

O técnico do Corinthians se recusa a dar coletes de treino nas mãos dos jogadores – atira ao chão, para que eles peguem. Caio também elogia os jogadores nas entrevistas. Mas Leão chegou a dizer que o elenco do Palmeiras era ?nota 5?, em sua passagem pelo clube no ano passado.

Ontem, Caio Júnior voltou a montar a equipe no 4-5-1 e Alemão foi a referência na área. Edmundo e Valdivia jogaram lado a lado armando, com o Animal mais pela direita e o chileno pela esquerda. Atrás, uma linha de três volantes: Pierre, Francis e Martinez. O primeiro plantado à frente da zaga. Os outros saíam para apoiar – Francis na direita e Martinez na esquerda.

Caio cobrou participação ofensiva dos laterais Wendel e Leandro. O primeiro, que é volante de origem, poderia se espelhar em Belletti. ?Tem força, velocidade é dedicado. Pode chegar à Seleção?, diz.

Voltar ao topo