Taxa de desemprego cai para 6,7% em Curitiba e é a menor do Brasil

A Região Metropolitana de Curitiba registrou uma taxa de desemprego de 6,7% no mês de julho, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo Ipardes em conjunto com o IBGE. O índice, divulgado nesta quarta-feira (30), foi mais uma vez o menor do país e ficou bem abaixo da média nacional, calculada pelo IBGE em 10,7%.

A taxa da Grande Curitiba manteve-se praticamente estável em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 6,8%, e apresentou uma queda na comparação com julho de 2005, período em que os desempregados representavam 7,6% da população economicamente ativa.

A seis maiores regiões metropolitanas do país apresentaram, de acordo com o IBGE, os seguintes índices de desemprego em julho: Rio de Janeiro (8,7%), Porto Alegre (8,7%), Belo Horizonte (9,1%), São Paulo (11,3%), Salvador (14,4%) e Recife (15,3%).

Segundo o presidente do Ipardes, José Moraes Neto, a taxa revelada na Região Metropolitana de Curitiba tem relação direta com o crescimento da oferta de emprego formal no Paraná. ?O Ministério do Trabalho revela que o Paraná está entre os três Estados que mais geram empregos no país?, afirma.

Moraes Neto lembra ainda que, só nos primeiros sete meses do ano, o Paraná gerou 76.906 empregos com carteira assinada. ?Foi o melhor resultado da região Sul e maior que a soma de todos os empregos gerados pelos sete Estados do Norte (33.535) e pelos nove Estados do Nordeste (36.446) juntos?, destaca o presidente do Ipardes.

Nível de emprego

A análise do número de pessoas ocupadas na RMC segundo os grupos de atividade mostra que, em julho de 2006, em nenhum dos grupos houve variação estatisticamente significativa.

As variações no número de pessoas ocupadas segundo grupos de atividade foram as seguintes: Indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-2,5%), Construção  (2,1%), Comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (-1,4%), Intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas  (3,4%), Administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (-0,9%), Serviços domésticos (2,2%), outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, serviços pessoais, e outros)  -4,1%.

Na comparação com o mês de julho de 2005, nenhum dos grupos apresentou variação estatisticamente significativa no número de pessoas ocupadas.

Registro em carteira

A PME de julho revela que o número de empregados com carteira assinada, no setor privado, apresentou uma pequena variação de 0,6% (670 mil) em relação a junho de 2006 e crescimento de 7,5% em relação a julho de 2005, totalizando 47 mil pessoas. O número de empregados sem carteira assinada (118 mil pessoas) apresentou pequena variação (-4,1%) em relação a junho/06, no entanto, quando comparado a julho de 2005, houve redução de 15,7%, ou seja, 22 mil pessoas.
 
Das pessoas ocupadas em julho de 2006, 74,9% estavam na condição de empregados (1.019 mil), 17,9% trabalhavam por conta própria (243 mil) e 5,8% eram empregadores (79 mil).

Idade ativa e Rendimento

Em julho, o número de pessoas em idade para trabalhar, na RMC, foi estimado em 2,516 milhões. Este contingente manteve-se estável em relação ao mês de junho deste ano, no entanto, o crescimento em relação a julho de 2005 foi de 2,9%, representando 71 mil pessoas. Deste total, 57,9% eram economicamente ativas (PEA), e 42,1% eram não economicamente ativas (PNEA), correspondendo, respectivamente, a 1,456 milhão e a 1,060  milhão de pessoas.

Sobre o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, a pesquisa mostra que em julho/2006, o valor foi de R$ 1.053,60, não tendo variação significativa em relação ao mês de junho/06. Quando comparado ao rendimento médio de julho/05, houve acréscimo de 11,8%.

O rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados do setor privado com carteira assinada, no  mês de julho de 2006, foi de R$ 928,60, valor superior em 7,3% quando comparado ao de julho/2005. O rendimento médio dos empregados do setor privado sem carteira assinada foi de R$ 562,40, valor inferior em 7,9% quando comparado a julho/2005.

Já os trabalhadores por conta própria apresentaram rendimento médio de R$ 996,10 no mês de julho/2006, apresentando aumento de 14,3% em relação a julho/2005.

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