Tarso afirma que país carece de uma profunda reforma de Estado

O país carece de uma profunda reforma de Estado, na avaliação do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Tarso Genro. Ele participa, no Palácio do Planalto, da 17ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.

"Hoje há consenso entre todos os partidos políticos de que ela é necessária. Agora, o timming (tempo) dessa reforma, o processamento dela, acho que ainda não está pautável nem na sociedade civil nem no parlamento".

Em sua apresentação, o ministro destacou que o país conseguiu "desatar alguns nós", mas ainda não conseguiu resolver questões estruturais do Estado brasileiro.

"Passamos neste ano por uma crise política muito seria. Essa crise adquiriu um duplo estatuto. De uma parte é originária de um processo sistêmico do Estado brasileiro. Foi também uma crise política que atingiu o partido do governo, que tinha responsabilidade maior de criação de uma referência de gestão publica".

Tarso acredita que a solução seria uma reforma política, mas acha difícil que isso ocorra com a atual formação do Congresso. "Uma reforma política e muito difícil de ser feita porque teria que ser feita não nos establishment (tipo de governo) atual, numa estrutura de poder que está montada no parlamento. Isso não é um juízo de valor, é uma constatação empírica" Para Tarso há dificuldade de se processar uma reforma política "porque ela incidiria sobre a natureza do poder real".

O ministro afirmou que a agenda do governo esta sufocada, mas que, evidentemente, se chamado pelos partidos para discutir a reforma política, o governo vai "contribuir e impulsionar sua base parlamentar e política para que isso ocorra".

Voltar ao topo