Supremo concede habeas corpus a ex-tesoureiro do PT

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares conseguiu o o direito de permanecer em silêncio e não responder as perguntas que não queira, além de ter assistência de um advogado durante a acareação que fará hoje (27) com o empresário Marcos Valério de Souza na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a compra de votos.

Na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio que garantiu o habeas corpus a Delúbio, foram citados vários precedentes que garantiram os mesmos direitos a investigados em depoimentos nas CPIs. Salientou, ainda, que a presença do profissional da advocacia "visa a assistir o envolvido, o constituinte, orientando-o de acordo com certa estratégia da defesa". O ministro também afirmou que o direito de o investigado permanecer calado é garantia constitucional prevista na Constituição.

É a primeira vez que Delúbio e Marcos Valério participam de uma acareação desde que surgiram as denúncias envolvendo o publicitário mineiro e o PT no suposto esquema da compra de voto de parlamentares da base aliada.

A reunião da CPMI começa às 10 horas, no Senado. Também foram convocados para a acareação o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, que renunciou ao mandato de deputado federal; a funcionária da SMP&B (agência de publicidade de Marcos Valério) Simone Vasconcellos; o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas; o assessor do PP João Cláudio de Carvalho Genu; o tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, e o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos. Todos estariam envolvidos, de alguma forma, com o esquema de repasse de recursos de Marcos Valério.

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