Suplicy defende que Delúbio tenha mesmo procedimento de Pereira

O senador petista Eduardo Suplicy (SP) considerou hoje "séria, grave e
preocupante" a situação de o Partido dos Trabalhadores ter como avalista no
empréstimo de R$ 2,4 milhões junto ao BMG o publicitário Marcos Valério, que
possui inúmeros contratos com o governo e interação com parlamentares da base
aliada. "Acho correto o Delúbio (Soares, tesoureiro do partido) tomar posição
semelhante à adotada por Silvio Pereira (secretário-geral da legenda, que
formalizou ontem pedido de afastamento)", emendou o senador, ao chegar à reunião
da Executiva Nacional do PT, na capital paulista.

Apesar de defender
também a saída de Delúbio, Suplicy foi cauteloso ao se referir ao presidente
nacional da legenda, José Genoino, um dos tomadores do empréstimo junto ao BMG.
"Temos respeito pela história, seriedade e integridade de Genoino.

Por
isso, o mais importante é ouvi-lo", reiterou o senador, complementando que não
conversou com o presidente da sigla desde que a denúncia deste empréstimo foi
divulgada.

Suplicy classificou a atual situação que o Partido dos
Trabalhadores vive como "a crise mais grave dos 25 anos da legenda". Ainda sobre
o caso BMG, ele disse que não há problemas do presidente do partido e do
tesoureiro solicitarem empréstimo e nem terem um avalista como garantia. Porém,
voltou a dizer que é grave ter um avalista com relações tão próximas ao governo.

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