Sub-relator entrega planilha sobre sanguessugas à Polícia Federal

O sub-relator de Sistematização da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio, esteve nesta sexta-feira (1º) na sede da Polícia Federal, em Brasília, para compartilhar informações sobre a máfia das ambulâncias. Ele entregou à Polícia Federal o levantamento que a comissão fez sobre o envolvimento de 60 prefeituras e 37 parlamentares no esquema.

O objetivo é subsidiar a Polícia Federal nos interrogatórios do empresário Luiz Antonio Vedoin, principal testemunha do caso. Vedoin depôs ontem por 13 horas na sede da Polícia Federal em Brasília e deve ser ouvido novamente nas próximas segunda (4) e quarta-feira (6).

Participação no esquema

Carlos Sampaio afirmou que as informações prestadas por Vedoin serão importantes para a CPMI. Segundo o sub-relator, até agora o empresário já foi ouvido sobre 19 parlamentares, e confirmou a participação de todos eles no esquema. "Em alguns casos, forneceu inclusive as datas em que efetuou saques para poder fazer pagamentos em dinheiro ao parlamentar", disse Sampaio.

O sub-relator explicou que a CPMI já tem a quebra do sigilo bancário das empresas. Agora, com as datas fornecidas por Vedoin, poderá confirmar se no dia do pagamento em espécie ao parlamentar ou em data anterior ao pagamento, o empresário fez, de fato, um saque no valor que disse ter pago ao parlamentar. "Daí a importância destas datas para CPMI", destacou.

Para que a CPMI tenha acesso a essas informações, Carlos Sampaio esclareceu que ainda será necessário pedir autorização do Supremo Tribunal Federal.

Força-tarefa

Vedoin presta esclarecimentos à força-tarefa da Polícia Federal encarregada dos 115 inquéritos sobre a máfia das sanguessugas. Oitenta e quatro deles são sobre parlamentares e 31 sobre prefeitos. A força-tarefa reúne cerca de 30 agentes e 7 delegados da PF.

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