Sobrarão poucos partidos após eleições, diz Mercadante

O candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, disse que, com a aplicação da cláusula de barreiras, devem sobrar, depois da eleição, cinco ou seis partidos dos cerca de 30 que existem. "Nós precisamos consolidar partidos mais representativos, ideológicos, programáticos para que haja melhor governabilidade democrática no Brasil.

Mercadante assistiu ao jogo do Brasil na Associação do Bem-Estar dos Moradores do Jardim Vila Nova, na zona Leste da capital, ao lado da mulher, Regina, e de sua vice na chapa, Nádia Campeão, do PCdoB. Não perdeu a oportunidade de alfinetar os tucanos. "Tenho procurado estar nos diversos cantos da cidade. É uma forma de chamar a atenção pros problemas sociais graves que São Paulo tem", disse. "Enquanto a gente está fazendo campanha, visitando a cidade, andando o Estado, a outra candidatura acha que está tudo resolvido – eles de sapato alto e a gente amassando barro.

O candidato petista afirmou que não teme perder votos para Orestes Quércia (PMDB) na eleição e acredita que chegará no segundo turno da disputa. "Uma vaga já está garantida: a minha", disse. Para ele, prova de que Quércia ameaça os tucanos – e não os petistas – é a luta do PSDB para ter o PMDB como aliado na disputa em São Paulo. "Por que ficaram correndo o tempo todo atrás e estão até agora tentando inviabilizar a candidatura do PMDB? É evidente que (o Quércia) tira votos (de Serra)", provocou.

Mercadante confirmou que o PSB não deve se aliar ao PT na esfera nacional, nem na estadual, por causa da cláusula de barreiras. "Em função dessa visão partidária, eles vão nos apoiar politicamente, vão fazer campanha, estão engajados. Mas, formalmente, não estarão na coligação.

O senador disse não saber quem seria o tesoureiro das campanhas petistas esse ano e afirmou que está difícil encontrar quem aceite o cargo com as atuais restrições, pois ser tesoureiro "é uma tarefa muito ingrata para qualquer cidadão hoje". "É um problema muito difícil para qualquer um. Estou aguardando sugestões, se tiver pode oferecer", brincou. Mercadante também avaliou que haverá uma melhora qualitativa na campanha com as exigências impostas pela justiça eleitoral. "Precisamos resolver definitivamente uma reforma política mais profunda", concluiu.

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