Sindicato acredita que greve no Banco Central pode crescer na próxima semana

O presidente do Sindicato dos Funcionários do Banco Central da regional do Rio de Janeiro, Sérgio Belsito, afirmou nesta quarta-feira (11) que a greve dos funcionários pode se estender na próxima semana. Belsito conversou com a reportagem em meio a uma teleconferência entre outras regionais e disse que pode ser estudada uma nova greve, desta vez com maior número de dias. "Na sexta-feira pela manhã haverá uma assembléia de avaliação para vermos os resultados da paralisação. Mas há uma tendência de aumentar o número de dias, como greve de advertência", declarou à Agência Estado.

Segundo o presidente da regional do Rio, a paralisação, que se iniciou nesta quarta-feira e se estenderá até sexta-feira, com um total de 48 horas de duração, teve boa participação no primeiro dia, com uma média de 70% de adesão. "O funcionalismo público do BC ficou 70% parado. Conseguimos atingir até a sede, em Brasília. No Rio, chegamos a um índice de 90% de paralisação", contou.

Os funcionários do BC lutam por uma equiparação salarial. De acordo com Belsito, o caso da categoria é "bem parecido" com os servidores da Polícia Federal. "Nosso caso é sui generis no serviço público. Todos receberam reajuste, menos o BC e a PF. Lutamos desde 2005 por isso, e só conseguimos 10%", ressaltou. O índice é pouco, diz Belsito. "Queremos em torno de 20% a 30% de reajuste", acrescentou.

Ele disse ainda que o salário de ingresso nos outros órgãos públicos já "está tão mais elevado" que o quadro de funcionários do BC já sofre intervenções. "As pessoas prestam o concurso, ficam um ano e demandam, por exemplo, para a Receita Federal", explicou.

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