Show Rural começa na segunda-feira

Começa na próxima semana – de segunda-feira, 13, e avi até sexta-feira, 17 – das 08h às 18h, com entrada franca, em Cascavel, às margens da rodovia BR-277 km 577, mais uma edição do Show Rural, evento organizado pela Cooperativa Agroindustrial Coopavel e que pretende bater o recorde de público do ano passado, 180 mil visitantes. É uma oportunidade para que o produtor rural entre em contato com um universo repleto de informações sobre tecnologias de produção agrícola, pecuária, avícola, suinícola e cooperativismo, entre outras.

Durante o Show Rural Coopavel/2006 estarão expostas diversas novidades tecnológicas, com infra-estrutura disponível para o bom atendimento aos agropecuaristas. Mais de cinco mil experimentos agrícolas ou pecuários, acompanhados de explicações técnicas, indicam a melhor forma de se produzir com menor custo, mais qualidade e maior produtividade. O objetivo, segundo a comissão organizadora, é fazer com que o agropecuarista vislumbre novas oportunidades de produção, aumente a sua renda e, conseqüentemente, ofereça melhores condições de vida para toda a família.

Agricultura e tecnologia

O evento oferece conhecimentos de maneira específica em cada área da produção agrícola, como manejo de solo, tecnologia de cultivo para lavouras de alta produtividade, variedades de soja e híbridos de milho, além de apresentação de novos produtos para as lavouras. As empresas de pesquisa e extensão rural, Embrapa, Iapar, Coodetec e Emater, aproveitam a oportunidade para falar diretamente com os agropecuaristas que levam à prática as descobertas por elas realizadas.

A maioria das empresas fabricantes de máquinas e implementos agrícolas espera o Show Rural Coopavel para fazer seus lançamentos. Máquinas de última geração, de diversos tipos e para todos os tamanhos de propriedade estão à mostra, oferecendo uma oportunidade para bons negócios. E para testar essas ferramentas de uso diário do agropecuarista, tem a dinâmica, um verdadeiro show de máquinas, que acontece diariamente, pela manhã e à tarde.

Alternativas de diversificação

Os visitantes poderão conhecer alternativas econômicas através da fruticultura, plantio de hortaliças, criação de abelha, cultivo de peixes, criação de galinha caipira, plantio de ervas medicinais, paisagismo, industria caseira, etc. O evento mostra como cultivar, como colher, onde comercializar e a rentabilidade prevista para cada uma dessas atividades, todas desenvolvidas e apresentadas em parceria com a Emater-PR, que também ensina como tirar o máximo proveito de pequenas áreas de terra cultivando arroz, feijão, mandioca, batata doce, em diversas variedades e com melhor qualidade.

Uma renda extra pode ainda ser conseguida através da produção de conservas, embutidos, defumados, artesanatos. Um trabalho que ensina a família a ganhar dinheiro com atividades caseiras, que podem ser feitas em qualquer época do ano, e por todas as pessoas.

Pecuária

Diariamente, o evento estará apresentando tecnologias que fazem o plantel produzir mais, com custos compatíveis e oferecendo maior ganho ao produtor. Isso nas áreas de suinocultura, avicultura e pecuária de corte e leite, onde serão abordados assuntos sobre o manejo correto em cada fase da vida dos animais.

Tecnologia de aplicação

Um estande mostra todos os procedimentos corretos para a aplicação de defensivos agrícolas, desde os tipos de máquinas, regulagens, tipos de produtos e resultados alcançados com o uso da tecnologia adequada. Nesse estande estará sendo distribuído um manual técnico contendo todas as informações detalhadas sobre os assuntos abordados, que o produtor pode levar para casa, ler com calma e guardar em seu arquivo. (Ocepar)

Eucalipto como alternativa na indústria de móveis

Por ser uma árvore pertencente a um gênero de rápido crescimento, de fácil adaptação às mais diferentes condições de clima e solo, além de possuir uma grande diversidade de espécies com diferentes características físicas e mecânicas, o eucalipto apresenta grande potencial para uso em produtos sólidos de madeira.

Originário da Austrália, o eucalipto foi introduzido no Brasil no século XIX, inicialmente plantado somente para fins paisagísticos, pelo seu extraordinário desenvolvimento como quebra-vento, ou por supostas propriedades sanitárias. Aos poucos, o eucalipto foi sendo adotado como espécie alternativa para o suprimento de madeira, principalmente como combustível nos fornos de lenha e, posteriormente, como dormentes em estradas de ferro.

Atualmente, o Brasil tem a maior área plantada de eucalipto do mundo, utilizado em sua maioria na produção de celulose, devido ao curto ciclo de produção e alta produtividade.

Importante matéria-prima para a produção de carvão para siderúrgicas, dele também se obtém tecidos sintéticos e óleos para perfumes, fármacos, produtos de limpeza e alimentos. Porém, o uso de sua madeira para produção de móveis ainda é restrito.

Com o objetivo de melhor aproveitar o potencial do eucalipto dentro do segmento moveleiro, a docente Adriana Nolasco, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, juntamente com sua orientada de pós-graduação, Camila Doubek, vêm desenvolvendo estudos com três espécies, grandis, urophyla e dunii. Os ensaios em andamento se referem às propriedades físicas, mecânicas, usinabilidade e acabamento da madeira. ?As análises visam fornecer dados que possibilitem avaliar o potencial de uso dessas espécies pela indústria moveleira?, diz a professora.

Outra importante vantagem se refere à possibilidade de substituição de espécies nativas, que levam mais de 50 anos para atingir idade de corte, enquanto o eucalipto pode ser colhido para produção de madeira serrada a partir dos 12 anos. ?O uso de eucalipto é uma tendência, devido aos problemas de abastecimento e do custo da madeira nativa?, informa Camila.

Apesar de existirem inúmeros trabalhos sobre as características físicas e mecânicas do eucalipto, poucos tratam de outros aspectos, como a usinabilidade e o acabamento, voltados especificamente à produção de móveis.

?Como o intuito é saber quais são as melhores espécies para esse fim, a experiência tem avaliado árvores com mesma idade, 18 anos. Também estamos avaliando aspectos estéticos, como a variedade de cor e desenhos da madeira?, completa Camila.

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