Severino afirma que, em caso de impeachment, convoca eleições

O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), disse, nesta segunda-feira, em São Paulo que, ser houver impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, e ele assuma a Presidência da República, pretende seguir a Constituição e o regimento da Casa e convocar para 30 dias uma nova eleição no País.

A declaração foi dada durante um discurso realizado em evento da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).

"Não está na minha cogitação ser presidente da República. Sou presidente da Câmara dos Deputados, cumpro a Constituição e o regimento e, se precisar assumir a Presidência da República, será transitório, por 30 dias, para a escolha do novo presidente", afirmou a uma platéia de cerca de mil pessoas, entre empresários e representantes de empresas, no Clube Monte Líbano.

Severino declarou que não acredita haver, por enquanto, razão para o pedido do impedimento de Lula. "Não podemos jogar a Nação no precipício. Impeachment desordena o País", opinou.

Depois, no entanto, ele afirmou nunca ter pensado em assumir a Presidência. "Sou presidente da Câmara e não abro mão de minhas prerrogativas. A Câmara dos Deputados é independente e não fará nada que não vá aos anseios da população", declarou.

Além disso, Severino disse que não espera que Lula e Alencar possam ser destituídos. "Hoje, sou contra o impeachment. Recebi quatro pedidos de processo contra o presidente, já arquivei três e vou arquivar o quarto porque o que querem é fazer campanha contra o presidente, sem nenhum fundamento", argumentou.

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