Setor da construção espera mais crescimento com anúncio do PAC

Brasília – O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ser anunciado segunda-feira (22) pelo presidente Luiz Inádio Lula da Silva, é aguardado com expectativa pelo setor de construção e crédito imobiliário. O PAC deve trazer como prioridade medidas de incentivo à infra-estrutura.

?Há uma expectativa positiva porque o governo vem sinalizando não só com medidas para a construção, para a infra-estrutura, que é o que o país precisa. Se isso for concretizado vamos ter, realmente, um processo de desenvolvimento com um pouco mais de velocidade, com mais consistência através da construção e da infra-estrutura, disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão.

Ele disse que o setor está preparado e consciente da importância dessas medidas e da parceria que pode ser feita com o governo.

O diretor-geral da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABCIP), Osvaldo Fonseca, destacou que os recursos para infra-estrutura já superam as metas anteriores, que quase nunca eram atendidas. Para 2007, afirmou, habitação, saneamento e infra-estrutura passaram a ser o carro-chefe do governo. "Temos certeza de que poderemos, no fim do ano, ter uma surpresa de colocar mais recurso do que do que está sendo colocado agora?.

A previsão inicial de investimento no setor de habitação para este ano é de R$ 12 bilhões. No ano passado, os recursos iniciais eram de cerca de R$ 10 bilhões, e o ano foi fechado com investimento de R$ 14,1 bilhões, um recorde histórico. ?Os volumes que o governo está apresentando são praticamente de início de ano. Se houver demanda superior, todas as áreas envolvidas farão orçamento para aumentar?, disse Fonseca.

A ABCIP atingiu, no ano passado, o índice de 115 mil unidades financiadas, o maior número desde 1990. ?Foram R$ 9,5 bilhões de recursos?, ressaltou o diretor da instituição. ?Para este ano, esperamos, além do retorno dos financiamentos concedidos, o crescimento da poupança e a expectativa para a continuidade do crescimento, tendo em vista que a renda da poupança passou a ter a mesma competitividade que outras aplicações?, comentou.

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