Setor da construção civil pede que seja ampliada a isenção de IPI

O setor da construção civil pediu nesta segunda-feira ao governo a redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para novos produtos voltados para a construção de moradias populares. Os empresários, que participaram da reunião do Fórum da Cadeia Produtiva da Construção Civil, querem a ampliação da lista de produtos anunciada há cerca de um mês dentro do pacote de estímulo à construção civil. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que o governo quer avaliar os resultados das medidas já adotadas antes de decidir sobre novas desonerações de impostos.

"As medidas anunciadas são um caminho inicial e, para que os próximos passos venham, é preciso mostrar resultados práticos e mostrar como os consumidores estão se beneficiando com estes benefícios", argumentou Furlan. Um estudo da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), apresentado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostra que a redução de IPI significa uma economia de 3,82% na aquisição de material de construção para moradia popular.

O coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Construção Civil da Fiesp, José Carlos de Oliveira Lima, disse que essa queda poderia chegar a pouco mais de 5% se o governo incluísse isentasse o cimento de IPI. No pacote anunciado pelo governo, o cimento teve apenas uma redução do imposto de importação. "Eu sou a favor de uma política habitacional, de uma política de desoneração", disse Oliveira Lima. "Mas temos que admitir que, enfim, temos um governo que está olhando a cadeia da construção civil, um dos setores que mais emprega no País."

Na lista de reivindicação apresentada pelo setor, estão produtos como tubos e conexões de cobre, bronze ou ferro galvanizado, estruturas metálicas e chaves para disjuntores. Oliveira Lima informou ainda que nos próximos dias o governo deve isentar de IPI a argamassa para construção civil. Por um erro de classificação, o decreto que desonerou os 27 produtos, incluiu a argamassa para refratário, de uso industrial.

Furlan sugeriu ao setor, durante a reunião, que sejam realizadas campanhas de publicidade que possam aumentar a demanda por material de construção. Oliveira Lima argumentou que uma campanha de marketing é muito difícil por se tratar de um setor muito segmentado.

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