Servidores universitários tentam reabrir negociações para pôr fim à greve

Brasília – Representantes do Ministério da Educação (MEC) e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) tentam reabrir hoje (31), em uma reunião no ministério, as negociações para o fim da greve dos servidores da universidades públicas. A paralisação da categoria começou no dia 17 de agosto.

A diretora da Fasubra, Maria Angela Ferreira, considera pouco provável que o fim da greve seja anunciado ao término da reunião. "A greve não termina hoje de jeito nenhum. Vamos ver se o governo retoma as negociações. Se isso ocorrer, o comando nacional avaliará a proposta na quarta-feira (2) e encaminhará às bases", disse ela.

Maria Angela lembrou que, em 2004, o MEC garantiu R$ 320 milhões para implantação do plano de carreira e R$ 100 milhões para incorporação de vencimentos básicos complementares (VBC) a funcionários com formação de nível superior. "Após o início da greve, somente os R$ 320 milhões foram mantidos", informou a diretora da Fasubra. Segundo ela, a categoria pretende garantir os R$ 100 milhões propostos anteriormente.

Já o encontro que vai deliberar sobre o fim da greve dos professores, que começou há cerca de 45 dias, está marcado para sexta-feira (4). De acordo com um dos diretores do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Antônio Bosi, o comando nacional da greve dos professores universitários aguarda para esta noite uma proposta do ministério para o fim do movimento. "Mesmo que o MEC encaminhe uma proposta, vamos manter o encontro de sexta-feira e repassar para as assembléias estaduais o que ficar decidido lá", informou Bosi.

Os docentes querem reajuste salarial de 18%, incorporação da gratificação de estímulo à docência e o retorno do pagamento de adicional por tempo de serviço, o chamado anuênio, que representa um aumento de 1% ao ano.

A assessoria de imprensa do MEC não divulgou as propostas que devem ser apresentadas a servidores e professores, mas informou que a greve atinge 37 das 56 instituições federais de ensino.

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