Senadores do PMDB decidem o que fazer depois da desistência de Jobim

A bancada do PMDB no Senado vai se reunir amanhã, naresidência do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), paradecidir que rumo vai tomar após a desistência do ex-presidente do STF Nelson Jobimde concorrer presidência do partido.

O objetivo desta reunião é avaliar o impacto da renúncia do(ex)ministro Nelson Jobim a candidatura presidência do PMDB e o comportamentoque nós temos, no Senado, de quase total apoio ao governo, explicou o ministrodas Comunicações, Hélio Costa.

Jobim ia concorrer ao cargo de presidente do partido com oatual presidente e candidato reeleição, deputado Michel Temer (SP), edesistiu da disputa nesta terça-feira (6).

Após uma reunião na liderança do PMDB no Senado, da qualparticiparam os ministros que representam o partido no governo – Silas Rondeau(Minas e Energia) e Hélio Costa (Comunicações) -, os peemedebistas trataram dedesvincular a crise partidária do apoio ao presidente Lula.

O PMDB tem dado apoio ao governo e continua dando apoio aogoverno. Este é um incidente isolado dentro do próprio partido afirmou oministro Hélio Costa.

A palavra de ordem dos peemedebistas que apoiavam Jobim,agora, é busca da união. O caminho para a acomodação destas correntes é queainda falta ser definido. O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), porexemplo, considera que o mais certo seria o presidente Michel Temer adiar aconvenção de domingo para que as diferentes correntes do partido tentem aformação de uma chapa de consenso.

Ontem (6), com a renúncia de Jobim, a decisão da bancada doSenado era não comparecer convenção de domingo. Mas segundo declarações deRaupp, já está refluindo. Essa foi uma decisão tomada ontem noite de quemsubscreveu a chapa do Jobim, disse Raupp. Ele disse que se o presidente MichelTemer tomar a iniciativa de prorrogar por pelo menos 15 dias a convenção haverá tempo para que se possa tentar um consenso em torno da nova direçãopartidária.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa considera que a chapa de Temer não reflete a totalidade do PMDB. Ao nãorefletir a totalidade do partido, o ideal é que se procure algum mecanismo deconversa, ou agora ou no tempo, para que se possa construir a unidade do PMDBque todas as chapas fazem, mas que agora não está feita, defendeu.

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