Outro fator negativo da soja transgênica é sua extrema
vulnerabilidade à seca, como ficou demonstrado na atual safra de soja do Rio
Grande do Sul. Enquanto os produtores gaúchos estão colhendo em média apenas 10
sacas de soja por hectare, no Paraná, na região Sudoeste, que também sofreu os
efeitos da seca, a produtividade é de cerca de 30 sacas por hectare. A média de
produtividade da soja convencional do Paraná nesta safra, afetada pela longa
estiagem, é de cerca de 40 sacas por hectare.
As empresas abatedoras de
aves também estão alertando os produtores para os problemas de rejeição da soja
transgênica. Como os importadores só aceitam comprar aves alimentadas com ração
processada com soja convencional, não há mercado para o produto
transgênico.
Além de problemas com os elevados custos de produção, baixa
produtividade e rejeição de mercado, o produtor de soja transgênica poderá ser
processado pelo vizinho que produz soja convencional caso haja contaminação.
Neste sentido, os promotores públicos estão orientados a instaurar processos
judiciais.