Sem contar juros, governo economiza R$ 4,5 bilhões em setembro

O superávit primário do setor público consolidado (governo central, governos regionais e empresas estatais) em setembro somou R$ 4,575 bilhões. Esse resultado não leva em conta as despesas com juros. Se for considerado o pagamento de juros, as contas do setor público tiveram déficit nominal de R$ 6,414 bilhões no mês passado, de acordo com o Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, que divulgou as contas nesta quarta-feira (25).

Com os números de setembro, o setor público acumula em 12 meses superávit primário de R$ 87,530 bilhões, o correspondente a 4 28% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano, até agosto, o superávit estava em 4,45% do PIB. De janeiro a setembro de 2006, a economia do setor público para pagamento de juros foi de R$ 80 526 bilhões, o correspondente a 5,29% do PIB do período. Nos nove primeiros meses do ano passado, o superávit foi de R$ 86 502 bilhões, o equivalente a 6,11% do PIB daquele período.

A dívida líquida do setor público em setembro ficou em 50,1% do PIB. De acordo com o Depec, o porcentual corresponde a R$ 1,030 trilhão. No ano, a dívida líquida teve uma queda acumulada de 1 4 ponto porcentual do PIB. "Contribuíram para a redução da dívida líquida do superávit primário, com 3,9 pontos porcentuais do PIB; o ajuste decorrente da valorização cambial de 7,1% acumulada no ano, com 0,3 ponto porcentual; o crescimento do PIB valorizado, com 3,2 pontos porcentuais; e as receitas de privatizações com 0,1 ponto porcentual", afirma a nota divulgada pelo Depec.

No sentido oposto, os juros nominais e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõe a dívida externa líquida contribuíram para aumentar a dívida em 5,9 pontos porcentuais e 0,2 ponto porcentual do PIB, respectivamente.

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