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Seis empresas são suspeitas de furto de luz na Grande Curitiba

Seis empresas de Curitiba, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande são suspeitas por fraude de energia elétrica. De acordo com a Companhia Paranaense de Eletricidade (Copel), a estimativa inicial é que, juntas, elas tenham desviado 678 mil kWh, ou seja, quase R$ 434 mil. Isso equivale ao consumo médio mensal de 4 mil famílias, e é crime com pena de até quatro anos de reclusão.

Foto: Gerson Klaina
Empresas desviaram juntas mais de 670 mil kWh, ou seja mais de R$430 mil. Foto: Colaboração/Polícia Civil

Por isso, após uma operação conjunta com a Copel, os estabelecimentos do ramo alimentício, moveleiro e até uma gráfica,foram vistoriados pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) na manhã desta quarta-feira (25).

“A maioria dos casos chegou até nós por denúncia da população, então investigamos e constatamos que existiam irregularidades”, afirmou o superintendente de serviços operacionais da Copel, João Silva dos Santos,

Com esse dossiê de informações, a DFR iniciou seu trabalho. “Verificamos que eram fraudes grosseiras, nas quais a Copel retirava o relógio por falta de pagamento e o técnico, ao passar pelo estabelecimento, constatava que ele estava funcionando com a luz ligada porque faziam a ligação direta na fiação”,  explicou o delegado Emmanuel David.

Ao todo, quatro empresários e dois funcionários foram conduzidas à delegacia para prestar depoimentos. Além disso, os donos foram autuados em flagrante e responderão pelo crime de furto simples. “Vai ser arbitrado fiança de acordo com a capacidade econômica da empresa, a Copel também poderá cobrar o valor total furtado por esses comércios e os empresários ainda podem pegar de um a quatro anos de prisão”, pontuou o delegado.

Denuncie!

Segundo o superintendente da Copel, furtar energia elétrica é roubar de toda a população. “Somente essas seis empresas deixaram de pagar quase R$ 100 mil em impostos e, além desse furto aos cofres públicos, todos os contribuintes pagam o valor roubado porque isso está na tarifa de energia. Precisamos entender que o furto de energia elétrica é um crime grave. Não somente pelo prejuízo financeiro, mas pelo risco que as ligações clandestinas podem causar nos imóveis do infrator e vizinhos, já que essa é a segunda maior causa de mortes por choque elétrico no Brasil”.”, afirmou.

Além disso, o delegado pontua que a ação gera o desequilíbrio no comércio, pois aquele comerciante que mantêm sua atividade regular não consegue competir por igual com aquele que se livra dos custos de energia.

Dados de 2016

Só no Paraná foram identificados 14.974 casos de fraude devido a denúncias e também por uma malha fina realizada pela companhia no ano passado. No entanto, a DFR garante que continuará investigando esses casos para que os infratores paguem por seus atos. “Inclusive, nas próximas operações vamos fazer algo mais elaborado em situações que atingem desvios superiores a R$ 2 milhões”, adianta.

Confira a entrevista com o superintendente da Copel e com o delegado da DFR: