Esquemão!

Presa quadrilha que já faturou mais de R$ 1 milhão com clonagem de cheques

Ao todo, quadrilha já teria lucrado mais de R$ 1 milhão com as fraudes. Foto: Átila Alberti

Uma quadrilha especializada em clonagem de cheques foi presa na manhã desta terça-feira (17), durante a operação “Loro”, realizada pela Delegacia de Estelionato (DE) da capital. O publicitário e design gráfico, Eliseu Soares Batista, de 47 anos, preso em Guarapuava, é apontado como o líder do grupo, já que ele tinha habilidades profissionais para a falsificação.

“Somente nesses seis meses de investigações, estima-se que a quadrilha obteve a quantia de R$ 1 milhão”, explicou a delegada-adjunta da DE, Vanessa Alice.

Além de Eliseu, outras quatro pessoas suspeitas de integrar o bando foram detidas, são eles: Marcelo Sanches Benevenuto, de 56 anos, Rivael Pereira Beltrão, de 45 anos, Ronilson Ascar Teixeira, 51 anos, e Antônio Reis Santana da Costa, de 58 anos, conforme a polícia.

Para efetuar a prisão, a ação policial foi realizada de forma simultânea em Curitiba, Colombo, Londrina e Guarapuava e também em Camboriú (SC), e Ji-Paraná (RO). Ao todo foram cumpridos nove mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela 14ª Vara Criminal de Curitiba. Durante a operação as equipes apreenderam diversos documentos falsos, cheques clonados em processo de confecção, apetrechos para a falsificação, computadores, impressoras de alta resolução e dois carros, uma Hilux e uma BMW.

Investigações 

As investigações iniciaram há seis meses, depois que uma mulher suspeita de aplicar um golpe bancário foi presa. De acordo com a DE, ela descontava cheques clonados em alguns estabelecimentos. Foi a partir desta prisão que os outros integrantes foram identificados. Geralmente, o grupo conseguia os cheques originais através de idosos, que sofriam o golpe enquanto estavam no banco.

Segundo a polícia, Eliseu recebia os cheques dos comparsas e refazia de maneira perfeita, já que é desenhista e publicitário. Os valores eram adulterados, código de barras e até mesmo o número de série. A polícia apurou também que o líder orientava os demais membros do grupo e possuía diversos conhecimentos sobre operações bancárias e falhas nos sistemas antifraude dos bancos.

Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, associação criminosa e falsidade ideológica. Todos permanecem presos à disposição do Poder Judiciário. Para o cumprimento dos mandados a DE contou com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil de Londrina, Guarapuava, Ji-Paraná (RO) e Camboriú (SC). O nome da operação – Loro – se refere à forma que a quadrilha chamava o cheque.

Foragidos

Apesar das prisões, Willian Santos da Costa, de 27 anos, Josemar Gaspar Kolher, 30 de anos, Josuel Gaspar Ferreira, de 40 anos, Giovanni Panicio, de 41 anos, e José Fernandes Bueno, de 64 anos, estão foragidos.