Ação milionária

Polícia desmantela quadrilha que aplicava golpes em nome da Receita Federal

Quadrilha agia no Paraná e Santa Catarina. Foto: Atila Alberti
Quadrilha agia no Paraná e Santa Catarina. Foto: Atila Alberti

Um homem de 64 anos, suspeito aplicar golpes que chegam a quantia de R$ 2 milhões, passando-se por fiscal da Receita da Federal, foi conduzido à Delegacia de Estelionato, após uma operação deflagrada pela polícia na manhã desta quarta-feira (20) em Curitiba. Durante a ação, quatro mandados de busca e apreensão domiciliares foram cumpridos nos bairros Vila Guaíra e Campo de Santana.

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De acordo com a polícia, a quadrilha é especializada em aplicar golpes contra terceiros, passando-se por fiscais da receita e simular a venda de mercadorias apreendidas pelo órgão.

“O grupo é ousado, eles anunciavam a venda de diversos produtos, inclusive eletrônicos, com preços atrativos na internet e demais redes sociais. Eles marcavam encontros dentro e fora da própria Receita Federal, se apresentavam inclusive com crachás falsos e acompanhavam as vitimas até o posto da Receita, no bairro Cidade Industrial a fim de retirar a mercadoria”, conta a delegada responsável pela operação, Vanessa Alice.

A delegada informa ainda que quando eles chegavam ao local, os suspeitos conseguiam ludibriar tanto as vitimas como os demais funcionários, para fugir já com o pagamento feito em mãos.

Ação em outros estados

As investigações iniciaram no mês de agosto, após um membro da quadrilha ter sido preso. Segundo a Polícia, o bando atuava nos estados do Paraná (PR) e Santa Catarina (SC). Mais de dez vítimas procuraram a especializada para registrar um boletim de ocorrência.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, a equipe apreendeu na residência do suspeito um computador, dois veículos para averiguação, além de diversos documentos falsos da Receita Federal, contendo uma listagem de produtos para venda. Outras duas pessoas foram encaminhadas para a delegacia como testemunhas.

O homem foi indiciado por estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa. Se condenado, o suspeito poderá pagar mais de dez anos de prisão.