Obra da Cohab

“Condomínio fantasma” que já deveria estar pronto virou palco de crime violento

Foto: Gerson Klaina

Uma família moradora do bairro Cachoeira, em Curitiba, chora a morte de seu filho. Na manhã deste domingo (11) o jovem Henrique de Morais Moura, 20 anos, foi encontrado sem vida, dentro do condomínio de casas populares em construção Moradias Maringá I, localizado na Rua David Bodziak, no mesmo bairro.

Com marcas de agressão na cabeça, segundo a polícia, o rapaz morreu após ser atingido por pauladas. Ao lado do corpo foi encontrado um pedaço de viga de madeira manchado de sangue.

Reconhecido pelo pai, o jovem morava perto dali e seria usuário de drogas. Aos policiais o pai contou que Henrique saiu de casa ontem à noite com dois colegas e que não retornou. Na região do condomínio, vizinhos afirmaram ter ouvido barulhos durante a madrugada, o que assustou os cães e provocou muitos latidos, possivelmente no momento do crime.

Ainda segundo os moradores, a região é ponto de venda e consumo de drogas, sendo comuns os crimes e as mortes violentas. O corpo do jovem foi recolhido ao Instituto Médico-Legal de Curitiba (IML) e a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.

Vila fantasma

Foto: Gerson Klaina
Foto: Gerson Klaina

Visitado pela reportagem da Tribuna em dezembro do ano passado, por conta do atraso nas obras, o conjunto habitacional Maringá I é uma obra da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). No local estão sendo construídas 156 moradias, que segundo a prefeitura, já deveriam ter sido entregues para as famílias que vivem em situação de risco na Vila Nori, no Pilarzinho. Retomadas este ano, as obras estavam paradas desde 2015.