Segurança duradoura

Quinhentos agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) estão no Rio desde a última terça-feira, a pedido do governador Sérgio Cabral Filho. Sua primeira missão foi patrulhar as vias de acesso do Aeroporto Internacional Tom Jobim ao centro da cidade – as fatídicas Linhas Vermelha e Amarela -, as entradas das favelas controladas por traficantes e o local do encontro de chefes de governo dos países do Mercosul, que contou com os presidentes Lula, Néstor Kirchner, Tabaré Vásquez, Evo Morales e Hugo Chávez.

O crime organizado respondeu queimando ônibus e carros particulares em três pontos diferentes, na quarta-feira à noite, antes que a tropa federal passasse a ocupar posições estratégicas na manhã seguinte.

O governador, logo depois da posse, entregou ao presidente Lula o pedido de reforço da FNS ao esquema de segurança estadual, diante dos ataques desfechados desde o início do ano pelo Comando Vermelho (CV), corporação criminosa que controla o tráfico de drogas e o contrabando de armas na região.

Como os líderes da facção estão encarcerados no Complexo de Bangu, em celas de segurança máxima, as autoridades entendem que as ordens foram dadas de dentro das prisões. O governador, temendo o pior e reconhecendo o risco de se desgastar ainda mais, por estar assumindo naquele momento sem o controle adequado do aparato policial, resolveu apelar para a União.

A idéia é aumentar gradativamente a presença da FNS no Rio até o início dos Jogos Pan-Americanos, em julho. Tudo dependerá do teste a que estão submetidos os integrantes da força, embora as primeiras horas tenham decorrido em calma na cidade. A população tem certeza que haverá paz até amanhã, quando o encontro do Mercosul termina. E depois?

Na conferência mundial sobre o clima, a Rio 92, tropas federais também foram incumbidas de patrulhar a cidade para dar segurança a presidentes, ministros e milhares de participantes. Não houve sequer uma irregularidade de monta enquanto durou o evento.

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