Segundo a Fitch, América Latina deve crescer menos em 2007

O crescimento econômico na América Latina deverá desacelerar de 4,8% em 2006 para 4,2% em 2007, segundo relatório da Fitch divulgado nesta terça-feira (16), levando em consideração uma acomodação global dos preços das commodities e demanda moderada. Ainda de acordo com o relatório de perspectiva soberana para América Latina, o crescimento das receitas externas deverá ser menor, conduzindo para uma redução do superávit primário em 2007.

Como tanto a credibilidade como as contas externas melhoraram, a inflação regional deve permanecer baixa, enquanto as moedas devem ficar relativamente estáveis ao longo do ano, afirma o texto. Segundo o relatório, com o fechamento do calendário eleitoral, a América Latina parece ter ficado mais esquerdista e os impactos potenciais das decisões políticas e do processo de reformas econômicas serão acompanhados atentamente.

Desde abril de 2006, a agência elevou em um grau os ratings soberanos de três países da região: República Dominicana, Brasil e Peru, para ?B?, ?BB? e ?BB+?, respectivamente, além de revisar para cima as perspectivas de outros cinco países. No entanto, em apenas 3 dos 18 riscos soberanos latinos com perspectiva positiva, o momento acena para novas elevações no rating.

Para a Fitch, os principais riscos para a América Latina continuam sendo o de uma alta nos juros norte-americanos e ampliação dos spreads de crédito; uma desaceleração mais severa do que a que está sendo esperada nos EUA; um pouso mais severo da economia da China, que iria ter efeitos arrasadores nos preços das commodities; e um choque político, no caso de os governos de esquerda caminharem para políticas econômicas menos ortodoxas e com o crescimento do populismo e do nacionalismo.

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