Após recuar para apenas 44,33 milhões de metros cúbicos diários em fevereiro, o menor nível nos últimos seis anos, a produção de gás natural voltou a subir em março, situando-se em 49,256 milhões de metros cúbicos diários, segundo dados divulgados hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mesmo assim, a média de março é praticamente igual à registrada há 12 meses, com aumento de apenas 0,34% em relação a março de 2006, o que ilustra a dificuldade da Petrobras de ampliar a oferta do combustível no País.
O total liberado para o mercado interno em março situou-se em 26 579 milhões de metros cúbicos diários, o que é praticamente igual ao volume que o País compra da Bolívia para atender ao setor industrial e às usinas térmicas que utilizam o gás como combustível. A diferença de 22,677 milhões é consumida em outras atividades, seja através da reinjeção à queima ou ao uso interno pela Petrobras em suas próprias atividades, nas plataformas de exploração ou nas refinarias.
Pelos dados da ANP, a queima do combustível estabilizou-se ao redor de 5 milhões de metros cúbicos diários nos últimos meses. Em março, foram desperdiçados o equivalente a 5,022 milhões de metros cúbicos, o que representa aumento de 0,52% sobre o mês anterior e de 0,82% em relação a março do ano passado. A queima do combustível ocorre devido à falta de instalações para aproveitamento do combustível.
O consumo próprio da Petrobras somou o equivalente a 8,158 milhões de metros cúbicos em março (aumento de 0,51% em relação a março do ano passado), e outros 9,497 milhões de metros cúbicos são reinjetados.
A reinjeção ocorre especialmente nos campos de Urucu, no Amazonas. A previsão é que esse combustível comece a ser aproveitado a partir do final do ano que vem, com a conclusão do gasoduto ligando os poços à cidade de Manaus.