O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, disse nesta terça-feira (24) que o salário mínimo de R$ 437 proposto pelo governador Roberto Requião foi uma atitude corajosa que há muito tempo vinha sendo estudada. ?O que me surpreendeu foi o montante, bem acima do que era esperado?, disse o secretário. ?A expectativa é que a Assembléia Legislativa aprove a proposta o mais rápido possível, dando condições para o governador sancioná-la com as mudanças que estão sendo sugeridas?, completou.
Padre Roque disse também que ?a grande vantagem é que esse salário servirá de patamar para que outras categorias, que não têm seus cálculos salariais com base no mínimo, possam reivindicar aumentos?. O secretário citou como exemplo as dificuldades que existem na Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social para o preenchimento de vagas ofertadas através da Agência do Trabalhador. ?O baixo salário ofertado para as pessoas que têm um bom currículo, experiência e principalmente qualificação específica, sempre foi um ponto negativo. Com o salário mínimo a R$ 437, acredito que teremos maior facilidade para garantir boas oportunidades para quem está desempregado?.
Padre Roque classificou os sindicalistas como os grandes responsáveis por esta conquista e por nunca terem deixado cair a bandeira da luta salarial. ?Esta é uma causa histórica dos trabalhadores. No passado lutávamos por um piso salarial de no mínimo cem dólares. Hoje com a desvalorização da moeda norte-americana, o salário proposto pelo governador Requião chegará a 200 dólares mês, o dobro do que se pretendia. Espero que consigamos avançar porque o salário mínimo brasileiro é um dos mais baixos do planeta?, disse.
Com relação ao impacto do novo mínimo na economia paranaense, o secretário afirma que deverá incrementá-la, aumentando o poder de compra. ?Espero que o empresariado responda a essa demanda, senão a inflação pode voltar, o que seria altamente indesejável?, conclui padre Roque.