O secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, estará amanhã (21) em Brasília a convite de deputados da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que pretendem uma audiência com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O objetivo é discutir a nota técnica que classificou o Paraná como tendo um foco de febre aftosa. "Vamos ver se há, por parte do ministério, disposição para cancelar o foco no Paraná", disse Pessuti. Na semana passada chegaram resultados de mais exames negativos para aftosa.
Caso não haja essa intenção, o Estado pode tomar até o fim do ano a decisão sobre o futuro da pecuária paranaense. Por enquanto, foram tomadas as medidas sanitárias necessárias, como a montagem de barreiras na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, no norte do Paraná. "Estamos ainda na fase do diálogo, de ver a conclusão da comissão criada na Câmara dos Deputados, para definir as medidas necessárias", afirmou. "Mesmo que sacrifiquemos os animais devemos buscar na Justiça o cancelamento desse foco e ressarcimento dos prejuízos que o Paraná teve."
O governador Roberto Requião (PMDB) voltou a criticar o Ministério da Agricultura, tendo como base os últimos resultados dos exames. "A aftosa do Paraná é virtual, criada pelo Ministério da Agricultura", acusou. "É absolutamente inexplicável o posicionamento do ministério. Gostariam que nós tivéssemos abatido todo esse gado porque não haveria mais exame, não haveria mais acompanhamento de sanidade e estaria consolidada a versão errada do Ministério da Agricultura."