Saúde Vocal atende mais de 12 mil servidores

O programa Saúde Vocal, da Secretaria Municipal de Recursos Humanos, acabou com o afastamento de professores das salas de aula causados por alteração ou problemas na voz. Desde que passou a ser oferecido pela Prefeitura de Curitiba, em 1997, as licenças para tratamento de saúde baixaram de um patamar de 85% para menos de 1%.

Se o foco inicial eram os profissionais do magistério, hoje o programa já atende outros servidores que usam a voz como principal instrumento de trabalho, como telefonistas e orientadores da Secretaria Municipal do Esporte e Lazer. "Em oito anos, o Saúde Vocal realizou exames em mais de 12 mil servidores", calcula o secretário de Recursos Humanos, Arnaldo Agenor Bertone.

Segundo ele, o programa entra agora em uma nova fase, que vai ampliar ainda mais o objetivo de prevenção. Os técnicos da Prefeitura envolvidos no Saúde Vocal passarão por um treinamento. A população abrangida pelo programa, e que já pratica medidas preventivas de saúde vocal, fará nova triagem, com a finalidade de monitoramento.

Neste ano, a previsão de atendimento é de 1.500 servidores.

Procedimentos

O atendimento do Saúde Vocal inclui exames e treinamento e encaminhamento para tratamento especializado e cirurgia. Os servidores fazem exame médico periódico e passam por triagem e treinamento, com orientação de fonoaudiólogos. Se identificado algum portador de problema vocal, ele será encaminhado para avaliação otorrinolaringológica, audiométrica, laringoscópica, endoscópica e, se necessário, para tratamento especializado. O processo se encerra após 64 sessões de fonoterapia e diagnóstico definitivo laringoscópico e otorrinolaringológico.

No dia a dia, o servidor aprende alguns truques para prevenir problemas, como fazer aquecimento vocal e alongamento antes de começar a trabalhar, usar um perfex úmido para apagar o quadro negro, reduzindo os riscos de alergia do pó do giz, e levar consigo uma garrafa de água, para beber durante as aulas. O profissional que passou por todo o processo – do tratamento a cirurgia – e não conseguiu total recuperação da voz, passa a usar microfone sem fio em sala de aula.

Até hoje, 90% dos professores e educadores da Rede Municipal de Ensino já passaram por exames. Desse total, 60% apresentaram alteração vocal e foram tratados. Graças ao trabalho de prevenção e o atendimento proporcionado pelo programa, o índice de recuperação do profissional, sem necessidade de cirurgia, é superior a 70%.

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